O TERRORISMO CHOCA O MUNDO
O mundo todo continua estarrecido com o massacre que terroristas ditos islamistas praticaram contra chargistas da publicação satírica “Charlie Hebdo”. A chacina foi motivada pelo fato de o órgão francês ter publicado charges ofensivas a Maomé, o grande profeta do Islã. O ato terrorista dos fundamentalistas assassinos caiu como uma bomba atômica , traumatizando milhões de pessoas não só na França mas em todo o mundo, incluidos os maiores representantes políticos e religiosos de países de todos os continentes, entre eles do próprio islamismo. A grande passeata do último domingo em Paris, também em várias outras partes, fielmente demonstra o repúdio ao terrorismo, político ou religioso. A imprensa mundial, com muita justeza, sentiu-se apunhalada no seu objetivo primeiro que é a liberdade de divulgação de comentários, reportagens, fatos, charges, postulados pétreos, a razão de ser maior do segmento. No dia 11 de setembro de 2001, também os Estados Unidos foram vitimas de grande tragédia, quando terroristas atacaram as Torres Gêmeas em Nova Iorque, em consequência do que morreram 2.996 mortos de pessoas inocentes. Os acusados também eram fundamentalistas, pessoas que se entregam cegamente a uma causa, banalizando a própria vida. Então, é difícil entender como seres pensantes gente deste viés. A intolerância religiosa, parta de onde partir, sempre provoca irreparáveis males. Ainda hoje a Igreja Católica se desculpa pelas atrocidades que cometeu na Idade Média. Felizmente, mudou de postura e, como faz a todo o momento o atual Papa Francisco, sua meta é o amor e a fraternidade entre pessoas e nacionalidades. No mundo atual não há mais espaço para intolerância, para a não aceitação de que o próximo tem filosofia de vida diferente da nossa.
LIBERDADE E LIBERTINAGEM – Em razão da tragédia que se abateu contra o “Charlie Hebdo”, muito se tem discutido sobre a liberdade de imprensa. Uns acham que profissionais da mídia não deveriam divulgar matérias ofensivas a figuras maiores ou menores das religiões ou contra honra de pessoas ou entidades, valendo-se da liberdade de imprensa. Seus argumentos são muitos para que haja este cerceamento, inclusive a de que a ofensa, acarretará um mal que jamais será reparado. Até usam a célebre frase atribuída a Madame Roland, influente personagem da Revolução Francesa, antes da queda da lâmina da guilhotina :« Ó Liberdade, quantos crimes cometem-se em teu nome ! ». Também se vale do apóstolo Paulo: "Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma”. Afirmam sábios que “liberdade é a independência, autonomia e espontaneidade do ser humano”. Ainda mais, como pensa Spencer, "A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro". Fora disto, tudo é libertinagem, uso errado da liberdade. Ora, ora, havendo uso abusivo da liberdade, não há o caminho da justiça para a reparação do mal? Pelo menos é isto que se entende nas sociedades democratas. Matar ou vingar de qualquer forma é irracional, fanatismo doentio. Infelizmente, pela lavagem cerebral que recebem, assim não pensam os radicais membros das facções que estão pondo o mundo em constante perigo.
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