IMPLICÂNCIA : O ACQUARIO CONTINUA NA BERLINDA
Volta e meia, a construção do Acquario Ceará, o segundo e maior projeto que o governador Cid Gomes concebeu para o turismo do Estado, continua a ser contestada. De início, falou-se que o projeto era megalómano e o dinheiro gasto na sua feitura deveria ser direcionado para problemas prioritários da população, como saúde e educação. Nesta linha, engajaram-se figuras importantes da política e da intelectualidade cearense, pessoas conceituadas que esperam primeiro serem resolvidos os problemas que afetam diretamente a vida dos mais carentes para, só depois, se tratar do que talvez tenham como supérfluo. A estes alinham-se figuras carimbadas da política e até da justiça que se consideram “eternos vigilantes” do politicamente correto. Tudo foi proposto para que a obra não começasse. As alegações iam de questões ambientais; de que o local, na Praia de Iracema seria possível sítio arqueológico; que não houve concorrência na concepção do projeto e para o fornecimento de equipamentos, superfaturamento, etc.,etc. Cid e o tocador do projeto Bismarck Maia, então secretário de Turismo do Estado, foram em frente. Superados os obstáculos, a construção esteve em andamento até dias atrás e até a maior parte do equipamento já está em Fortaleza. Há dias, porém, os trabalhos ficaram paralisados, por questões financeiras com os construtores, segundo o governo já contornados com a firma americana responsável pela construção e que os trabalhos seriam logo reiniciados. O fato foi bastante para mais uma ofensiva do pessoal do contra, com forte repercussão na Assembleia Legislativa do Estado. Os jornais noticiam que um deputado defendeu até passar um trator no muito que já está de pé. Diante de mais esta página, outra vez, respeitando os sábios doutores, continuamos a favor da efetiva construção do Acquario Ceará. Sabemos que estamos atravessando uma seca devastadora, que o País e o Estado precisam de violento choque para equilibrar a economia e as finanças, enfim que é momento para muita reflexão. Pensemos, a obra deverá mesmo ser defenestrada a esta altura, com milhões já gastos? Permanecemos defendendo que o investimento empregado para que o Ceará seja referência mundial em turismo não é dinheiro jogado fora. Além de ter retorno certo, o equipamento está destinado a ser um passo alto para estudos sobre a biologia marinha, educação e um local de atração cultural constante para o nosso povo, para estudantes e turistas. O Centro de Eventos, também muito contestado, aí está provando a sua valia não só como referência para a realização de grandes encontros, com impacto positivo de atração turística e também fonte e rendas para o Estado. Que se vigie distorções para consertá-las é uma cousa, mas impedir que o Ceará deixe de se projetar mundialmente apenas como povo sofrido, castigado pela natureza e pelos governos, é outra cousa.
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