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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

TURISMO: NADA DE PESSIMISMO

Antonio José de Oliveira
Fevereiro acabando. Isso significa dizer o final da alta estação turística. Se brasileiros e estrangeiros conheceram, na capital e no interior, o que o Estado tem de belo, útil e agradável, mediante propaganda boca a boca e por meio dos veículos de comunicação de massa (rádio, jornal, televisão, revista, folder, outdoor, cartaz, banner e sites na Internet, o visitante, por outro lado, ao chegar a Fortaleza, deparou-se ( não queiramos empurrar o lixo para debaixo do tapete ) com alguns senões na parte de infraestrutura de suporte ao turismo.
O turista, ao conhecer as praias, os ambientes de diversão pública, monumentos históricos, praças e outros atrativos decepcionou-se com a sujeira, em suas imediações, as pichações, as danificações nos monumentos e com a escassez de sinalização turística, sem falar de que algumas ruas não contêm placas nominativas.
Ah! dirão alguns, visando negar os senões, acima especificados, que os visitantes elogiaram muito a hospitalidade do povo cearense, povo esse que gosta de receber bem visitantes, afora os rasgados elogios aos  atrativos naturais, localizados no Litoral, Serra e Sertão. Acrescente-se que o artesanato, de modo geral, foi alvo, também, de encômios, com afirmações do tipo: bastante criativo, original, variado, quer na parte de confecções, quer na modalidade couro, palha de carnaúba e sisal etc., sem falar das variadas lembranças “souvenir”, encontradas no Mercado Central de Fortaleza, no Centro de Turismo da ex-Emcetur e em outros locais de visitação pública, a exemplo da Avenida Beira-Mar, com sua movimentada feira todas as tardes.
Fortaleza e outros pontos turísticos, no interior do Estado, foram bem divulgados, Brasil afora e em alguns países estrangeiros, graças à propaganda, financiada pelo Governo do Estado, pela Prefeitura Municipal (em menor escala) e pelos empresários, que exploram os diversos segmentos do Turismo local. Destaque-se, outrossim, que esta louvável iniciativa, ou seja, a divulgação do potencial turístico cearense foi  também motivo de elogios, por parte dos turistas e deste articulista, pois sempre estamos a afirmar e a defender a ideia de que Turismo, que não se anuncia, esconde-se.
Bem! Ficamos por aqui. O espaço é limitado e o que escrevemos pode ferir a suscetibilidade de quem nasceu com a vocação de “lagartixa”, ou seja, viver sempre balançando a cabeça, concordando com tudo e com todos, mesmo que sejam realizadas algumas ações prejudiciais ao desenvolvimento sustentável do Turismo alencarino, mormente em sua capital, a principal porta de entrada de quem vem conhecer as maravilhas do Ceará. E atenção: vamos melhorar a infraestrutura de suporte ao turismo, aperfeiçoar a prestação de serviços, diversificar a parte cultural a ponto de se deixar os turistas satisfeitos, encantados e com aquela vontade infrene de retornarem brevemente.
 Ante o exposto, fica o apelo: trabalhemos, em parceria, no Estado do Ceará, para aumentar, a cada alta estação, o fluxo de turistas. Bem! Em matéria de Turismo, esqueçamos que 2015 é um ano – segundo alguns economistas -  de pouco crescimento das atividades econômicas, resultando, pois, um PIB (Produto Interno Bruto) inexpressivo. Vamos, gente, à luta, e nada de proceder à base do pessimismo.  
Jornalista Antonio José de Oliveira – Vice-presidente da Abrajet-Ceará

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