A FORÇA DOS EVENTOS
Que o Brasil está vivendo momentos difíceis, não é novidade. A crise atinge todos os setores produtivos nacionais e a população de modo especial. O Governo, diante de fato consumado, procura a todo custo mecanismos para em médio e longo prazo consertar os rumos da política econômica adotada nos quatro anos anteriores. Não há outro caminho, uma mudança de rumos é obrigatória. E está sendo adotada através de medidas austeras, infelizmente o ônus maior recaindo sobre a grande massa dos trabalhadores. Aqui, o nosso objetivo não é fazer uma análise, mesmo superficial, sobre o momento econômico como um todo, mesmo porque somos analfabetos no assunto. Apenas damos palpite, sentindo na carne os problemas. O que objetivamos salientar é especificamente sobre os dias difíceis que também atingem profundamente o turismo, sem dúvida um segmento que vinha contribuindo bastante para a melhoria da arrecadação governamental e proporcionando emprego e renda a milhares de pessoas nos mais de cinquenta ramos da atividade. Apertado, ninguém pretende viajar, gastar dinheiro. Com o dólar em alta, as idas ao exterior estão canceladas. Mesmo dentro do país, as férias e momentos outros são adiados. As passagens são caras, tudo no momento está acima da nossa bolsa. Daí os dias difíceis, por que passam os meios de hospedagem, as agências de viagem, os restaurante, bares e casas de diversão, enfim toda cadeia produtiva do setor. Fazem promoções, facilitam tudo, mas ninguém está se aventurando a viajar, sair para divertir-se ou comer fora do lar. Todos estão pensando no dia de amanhã. E logo agora, por exemplo, quando a cadeia hoteleira aumentou, no embalo onírico da Copa do Mundo. Pode-se afirmar com certeza que quase toda a rede hoteleira está trabalhando quando não no vermelho com lucros irrisórios, longe de cobrir o investimento. Poucos são os que saem para se divertir ou fazer refeição fora do lar. Pode vir dia dos namorados ou do que for, o comércio não “deslancha”, não bastando as promoções. Há de se dizer que a nossa indústria atravessa, também, uma crise braba, assim como as demais forçar produtivas nacionais. O fato não é de agora. Então, como devemos nos comportar em tempos de tanta dificuldade? A primeira medida é viver dentro do orçamento. Para supérfluo, pensar muito. Daí que as classes produtoras do turismo precisam de mais criatividade, de fazer mais promoções e diminuir o quanto podem os preços seus produtos. Ousar com cautela, mas ousar. Não há mal que sempre dure, diz o povo. E o Governo Federal, pelo que refletem suas últimas ações em relação ao momento atual, acaba de lançar uma série de medidas que poderão contribuir quase decisivamente a fim de que os problemas possam ser superados, a médio e longo prazo. É um alento. Praza aos céus que não ocorra como em passado recente quando medidas de impacto foram propostas, infelizmente com boa parte ainda no papel ou não cumpridas. As obras inacabadas do PAC para a Copa do Mundo que se realizou no ano passado ainda estão por aí. Mas, não custa acreditar e dar mais uma vez crédito aos dirigentes do País.
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