Antonio José de Oliveira
Vice-presidente da
Abrajet-Ceará
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Afirmam os estudiosos que o Turismo é a indústria que exerce um denominado “efeito dominó”, sobre determinada região, por gerar empregos, divisas e, evidentemente, riquezas. Na verdade, o turismo impacta mais de 50 atividades econômicas. Feliz, pois, o município, Estado e País que sabem explorar, racionalmente, esse segmento econômico.
No Brasil – bem diferente da Espanha, França, Itália – o Turismo ainda não chegou a ser explorado em sua totalidade. Em relação a alguns países europeus, asiáticos e americano do norte, ainda engatinha e nos parece demorar a ficar de pé. No tocante ao Ceará, se formos comparar o desenvolvimento das atividades turísticas, com as praticadas pelo Estado da Bahia, sobretudo nas áreas de comunicação e marketing, precisamos aprender um pouco mais com os que estão à frente do Turismo baiano.
Seria idiotice de nossa parte, desconhecermos os avanços, no tocante à promoção do Ceará-Turístico, no Brasil e em alguns mercados emissores de turistas. Avançou-se muito, mas cometemos pecados, que, somente com treinamentos e o passar dos anos, serão perdoados. Existe, sim, muito amadorismo, na prestação de serviços e na oferta de pacotes turísticos, que sejam competitivos e encantem os visitantes.
A criação da Secretaria de Turismo de Fortaleza, gestão do prefeito Roberto Cláudio, (Não o conhecemos, pessoalmente, nem o secretário de turismo de Fortaleza, mas, conversando com alguns colegas, disseram-me que este tèm tudo, para fazer boa gestão à frente das pastas.
E, sem queremos dar uma de “expert”, no assunto, julgamos que, se o prefeito Roberto Cláudio não abrir mais os cofres, alocando recursos humanos e financeiros, para essa secretaria, pode ser o gestor mais competente, ético e dedicado ao trabalho, todavia não fará muito em prol do desenvolvimento sustentável do turismo em Fortaleza.
Turismo, gente, requer criatividade, bastante parceria e boa-vontade e, evidente, verbas e mais verbas, para serem aplicadas, na infraestrutura física e promoção do potencial turístico da “Loira Desposada do Sol”, como a denominou o poeta Paula Ney num de seus poemas. Muitos corredores turísticos da cidade estão deixando muito a desejar. Avenidas e ruas esburacadas e com água, empoçada nas coxias, sem falar da sujeira amontoada nas calçadas e canteiros de obras.
Ante o exposto, a limpeza das praias necessita ser feita, diariamente, pois são importantes cartões-de-visita, cujos mares, de águas tépidas e tons azul-esverdeado, encantam turistas e população, estimulando-os a um mergulho, situação bem diferente dos mares, no Centro-Sul e no Sul do Brasil, reconhecidamente frias.
Apontados alguns senões, na infraestrutura física de Fortaleza, não me venham os puxa-sacos do prefeito de Fortaleza afirmar não existir nada do que foi destacado, acima, no tocante a problemas, numa cidade, que deseja ser o segundo destino turístico mais visitado do Nordeste.
Vamos, pois, prefeitura, por meio das secretarias específicas, acabar com as mazelas, no que dizem respeito à sujeira, monumentos danificados e pichados, crateras nos asfaltos, praças malcuidadas, transportes coletivos deficientes, sobretudo as “Vans” velhas, poluindo o meio ambiente, táxis desgastados pelo uso.
Por último, que sejam legalizados os estacionamentos em toda a orla marítima, para carros pequenos e grandes, motos e bicicletas. Que se prepare, pois, Fortaleza, para receber bem os visitantes e oferecer qualidade de vida a seus habitantes. Importante lembrar, também, que isso não é favor e sim obrigação de gestores públicos e da iniciativa privada, mormente os que militam na área do Turismo.
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