Até anteontem, 5, a paleontologia nacional esteve em debate no Cariri, no 24º Congresso Brasileiro de Paleontologia, no Crato. Cerca de 500 participantes de todo Brasil estiveram reunidos em debates e apresentações de trabalhos, na Universidade Regional do Cariri (URCA), campus do Pimenta.
Na abertura, realizada no Centro de Convenções do Cariri, pelo Reitor da URCA, Professor Patrício Melo, no último dia 2, houve apresentação da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto e foram prestadas homenagens especiais ao paleontólogo (in memoriam) Professor Dr. Rafael Gióia Martins Neto, mestre em Geociências pela Universidade de São Paulo, e ao professor doutor Plácido Cidade Nuvens, ex-reitor da URCA, idealizador e atual Diretor do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri. Na ocasião, o reitor Patrício Melo, destacou os avanços na área da pesquisa voltados à Paleontologia.
Durante o evento, o presidente do Congresso, professor da URCA, Álamo Saraiva, destacou a redução do tráfico de fósseis na região, nos últimos anos, mas ressaltou que ainda há a atuação de quadrilhas especializadas que precisam ser combatidas, com um trabalho mais efetivo e fortalecido de fiscalização nas áreas de incidência de fósseis. Destacou a importância de os órgãos de fiscalização realizarem o seu papel de conter a retirada ilegal de material da região, e não servirem como empecilho que dificultem o trabalho dos pesquisadores, pelo bem da ciência. Finalmente, referiu-se à importância do Geopark Araripe, que tem sido um dos grandes motes para a valorização do potencial paleontológico.
O congresso envolveu temas importantes e houve debates sobre a legislação em relação ao tráfico de fósseis, com importante participação de representantes de instituições como o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Pesquisadores de renome internacional trataram de assuntos como as descobertas realizadas nos últimos dois anos. Os debates aconteceram no nos auditórios do campus do Pimenta, na URCA, em Crato, incluindo Salão de Atos da Universidade, auditório do Geopark Araripe e o Ginásio Poliesportivo.
Uma parte representativa de pesquisadores que integraram o congresso já realizou trabalhos na Bacia Sedimentar do Araripe, a exemplo da paleontóloga da UFPE, Juliana Sayão (vice-presidente do Congresso) e o pesquisador Alexander Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro.
O evento foi organizado pela URCA, Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e o Geopark Araripe. A coordenação científica foi formada pelos pesquisadores Etiene Fabbrin Pires, Juan Carlos Cisneros Martínez e Sandro Marcelo Scheffler.
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