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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

JOGOS DE AZAR - A APROVAÇÃO ACABARIA COM A HIPOCRISIA EXISTENTE

Casino da Urca,1935
Há quase 70 anos proibidos no Brasil, os cassinos e os demais jogos de azar voltarão à pauta de discussão do congresso nacional a pedido do governo que vê na legalização do jogo uma fonte de receita - e de inúmeros empregos - no país. A aprovação acabaria com a hipocrisia que envolve a jogatina no Brasil, que tem a CEF como a maior banca de jogo e os cassinos e bingos clandestinos proliferam pelo país. o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acha que a lei pode passar 
A hipocrisia que envolve a proibição dos jogos de azar no Brasil pode estar com os dias contados se deputados e senadores considerarem que a reabertura dos cassinos seria uma boa fonte de recursos e de empregos para o País.
A ideia da legalização dos jogos de azar surgiu durante a reunião da presidente Dilma com ministros e líderes da base aliada no Congresso Nacional em que alguns senadores propuseram a reabertura dos cassinos e a legalização dos jogos na internet e bingos.
O aumento da arrecadação de impostos estaria no topo da argumentação justificando a legalização do jogo no País, o que na verdade nunca acabou pois o próprio Governo Federal explora uma série de jogos tendo como banca a Caixa Econômica Federal e os governos estaduais fazem o mesmo com as suas loterias.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ao manifestar-se contrário à legalização,  considerou que há uma boa chance de o projeto ser aprovado na casa, sem deixar de alfinetar Dilma, sugerindo que o equilíbrio das contas devia ser feito com cortes nos gastos do governo.
O fato é que a legalização dos jogos já devia ter acontecido há muitos anos no Brasil, e não ocorreu pela ação das religiões e das alas conservadoras, que ao contrário de muitos países acham que a nação sem cassinos e bingos seria politicamente correta.
Os Estados Unidos, onde existem os mais famosos cassinos do planeta, em Las Vegas, as religiões não se sentem vilipendiadas porque o país tem em sua economia a exploração dos jogo de azar. Cada um em seu quadrado.  
A proibição levou ao funcionamento clandestino de cassinos e bingos por todo o Brasil embora exploração feita pelos seja legal. E isso tem um nome: hipocrisia.
A proibição dos cassinos no governo Dutra trouxe, sim, ao País prejuízos principalmente no turismo e na geração de emprego e renda. Além da evasão de milhões e milhões de dólares que os brasileiros gastam nos cassinos do exterior.
Quem não se lembra dos voos que saiam do Brasil lotados de brasileiros para jogar nos cassinos dos Estados Unidos, Europa e América Latina.
Imagine-se os bilhões de dólares que podiam ter ficado no País, além dos deixados pelos turistas estrangeiros que fizessem sua fezinha nos nossos cassinos.
O vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) no dia 4 de junho, instituiu uma Comissão Especial para votar a legalização do jogo do bicho, que deverá a ser discutida.Uma outra comissão Especial está pronta para ser instalada, pelo presidente Eduardo Cunha, que analisará a legalização de todos os jogos no País, dos cassinos ao jogo do bicho, composta pelos deputados Quintella Lessa; Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, um dos entusiastas de legalização dos jogos; e Nelson Marquezelli (PTB-SP), um porta-voz do setor no Congresso.
O jogo foi proibido no Brasil a pedido de dona Santinha, mulher do ditador Eurico Gaspar Dutra, muito religiosa e ligada à igreja. O general atendeu a seu pedido e no dia 30 de abril de 1946, editou o decreto-lei 9.215 que fechou os mais de 70 cassinos no País, a maioria no Rio de Janeiro, em hotéis no Sul de Minas Gerais. (Jornalista Arnaldo Moreira – Abrajet/RJ).

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