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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

CALEIDOSCÓPIO - O ABRAÇO AO TEATRO NACIONAL DE BRASÍLIA / VOSSA EXCELÊNCIA, VOSSA INSOLÊNCIA...

O ABRAÇO AO TEATRO NACIONAL DE BRASÍLIA
No sábado passado (20), artistas, produtores culturais e frequentadores, num abraço simbólico, protestaram pela não reabertura do Teatro Nacional de Brasília, há tempos fechado para que as reformas seja m iniciadas.  O Teatro, obra prima saída da cartola de Oscar Niemeyer, fechado desde janeiro de 2014, é o maior conjunto arquitetônico da Capital Federal, destinada a grandes espetáculos.  O simbolismo da ação revela o quanto o povo brasiliense está revoltado com a desídia das autoridades pelas artes, pela educação cultural.  (À propósito, pelo menos na intenção, há muito que a população de Fortaleza “abraça” o Teatro São José, ali na vizinhança do Centro Cultural Dragão do Mar, esperando a sua recuperação). A notícia vinda de Brasília nos reforça o pensamento que, de fato, educação, cultura e tantas obras benéficas e de qualidade para o bem estar e educação do povo são tidas como de menor importância para as administrações públicas. Assim é em todo o país. Nosso patrimônio cultural tão festejado no passado se esvai, em favor de outros “valores” imediatos e que dão margem à sujeira que aí está. Também diz--se demagogicamente que saúde, educação e segurança são prioridades, mas não se encara com firmeza as falhas gritantes nas três áreas. Aí está Aedes Aegypti, junto com a dengue, a zika, a chikungunya, a greve de professores e os assustadores assassínios do dia a dia e que são mote para sejamos considerados um dos países mais violentos do mundo. A farsa, a demagogia, a desfaçatez para negar dos “donos” do país não enganam mais ninguém. Todos sabemos do que se passa. Contudo, infelizmente, na hora democrática de dar um freio a tanto político profissional sem compromisso, corrupto, os eleitores se esquecem de tudo e votam nas mesmas figuras que há anos afundam o Brasil. 
VOSSA EXCELÊNCIA, VOSSA INSOLÊNCIA...
Estão raros os circos pelo Brasil. Como eram bons e engraçados. Os palhaços sempre foram os mais aplaudidos, entre os artistas. Suas trapalhadas, seus gestos momescos, suas piadas de duplo sentido levavam às gargalhadas não só as crianças, mas os adultos também. O mundo mudou. O rádio e a televisão botaram para “escanteio” as divertidas apresentações circenses. Contudo, de maneira diferente e com mostras grotescas, inúmeras vezes a “função” circense continua bem acentuada nas reuniões de um dos Poderes da Nação, o Congresso. As trocas de farpas, os trejeitos, as encenações de lutas corporais, as ridículas intervenções de quando em vez estão presentes nas sessões ordinárias ou das comissões disso, daquilo.  Ninguém se entende no Plenário pois os bate-boca partem de todos os lados. É vossa excelência prá cá, vossa excelência para lá e tome desastradas intervenções. Às vezes pensa-se até que o Plenário é um ringue para espetáculos de lutas marciais. Enquanto isto, e talvez por isto, assuntos sérios e de interesse do país ficam se arrastando, sem solução. É o caso, por exemplo, da admissibilidade do processo para julgar o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, assunto que rola há quase dois meses e nada resolvido por pare da Comissão de Ética. Sem dar a menor importância ao que pensa o povo, suas excelências revelam-se cada vez mais insolentes. Não seria oportuno e autêntico pelo menos, em momentos que tais, mudarem o tratamento de um para o outro?  Parece que vossa insolência seria mais adequado. 

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