Teatro Amazonas |
Na imensidão do Brasil continental, o Estado do Amazonas, no coração da Amazônia, nas proximidades da linha equatorial, é a representação mais autêntica de como é possível conviver-se em meio à imensidão das águas e da floresta. E numa capital que preserva o passado e vive dias de modernidade. Mesmo sofrendo os impactos negativos da ganância humana nas últimas décadas, da devastação de significativa parte do seu patrimônio territorial, da agressão à cultura dos seus autênticos “donos das terras”, os índios, ainda assim o Estado do Amazonas é hoje um dos legítimos representantes da brasilidade, sabendo conviver com as dádivas da natureza e a fecunda civilização dos tempos modernos.
O Estado detém a maior bacia hidrográfica do mundo e é lá que surge o Rio Amazonas, o “real rei dos rios do universo...que nasceu humano por que afinal é filho de um abraço”, como canta em verso o poeta e intelectual cearense Quintino Cunha. De fato, com nascente nos Andes, passa por Manaus com o nome de Rio Negro mas logo depois, no “Encontro da Águas”, isto é, ao juntar-se ao Rio Solimões se adensa num só turbilhão de águas até chegar ao Oceano Atlântico. Não há quem não se emocione com o “abraço” dos dois grandes rios, um de cor mais escura e o outro alvacento. É como sinal indicativo de que a miscigenação no Amazonas começa pela própria natureza
Hotel Tropical Manaus Ecoresort |
MAGIA NA SELVA E NOS RIOS – É muita magia em meio a tantas ofertas naturais. Rios caudalosos -Madeira, Purus, Juruá, Uatumã, Içá, Japurá e Uaupés, floresta densa e extensa, formando a Hileia Amazônica, a maior bacia tropical do mundo. Terras firmes entre várzeas, igarapés e igapós. A monumental floresta é retratada em grandes árvores, dadivosas como as palmeiras, cacaueiros, madeira de lei e incalculável riqueza mineral. Guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-pará, buriti, taperebá faz parte da lista imensa de produtos agrícolas de alto valor lá têm morada.
Horel de Selva Ariaú Towers |
Na grandeza de tanta oferta da natureza, é natural que o Governo viva em luta constante para preservar dos predadores, gananciosos e inconscientes agressores a divina oferta. Uma das linhas de combate está na criação de grandes parques, a exemplo do Parque Nacional do Jaú, o maior nacional do Brasil e o maior de floresta tropical úmida no mundo. Nos municípios de Novo Airão e Barcelos, criado em 1980, com cerca de 2,272 milhões de hectares de área, está o maior parque nacional do Brasil e o maior de floresta tropical úmida no mundo
Calçadão da Praia da ponta Negra |
Inseridos na vastidão de terra, também são de nomeada outros dois parques, ambos sob a tutela do governo brasileiro: o Parque Nacional da Amazônia e o Parque Nacional do Pico da Neblina, o primeiro em São Gabriel da Cachoeira e o outro no ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina. Some-se a eles, de iniciativa estadual, o Parque Estadual Nhamundá,
MANAUS, UMA JÓIA NO NORTE – A capital dos manauaras de hoje é um símbolo de cidade eclética, revivendo no dia a dia lembranças de um passado pujante de prosperidade, mas também de frustrações, e a febricitante civilização dos tempos atuais.
Nos vinte anos finais do século XIX, despertou as atenções do mundo. Foi no auge do Ciclo da Borracha. Com a produção e exportação do “ouro negro”, a pequena cidade se agigantou. Grandes embarcações de países estrangeiros estavam constantemente lotando o novo Porto Flutuante. Surgiu o Teatro Amazonas para a apresentação de espetáculos das maiores companhia estrangeiras. O comércio era intenso com as principais capitais da Europa e dos Estados Unidos. Criou-se o gosto pela ópera, pelos artigos da moda. O Palácio da Justiça e outros prédios de ousados estilos surgiram na cidade que se agigantava. Enfim, a civilização se espalhava pelo rincão do Norte do Brasil.
O baque de tanta prosperidade começou por causa da concorrência mais favorável para os importadores estrangeiros da borracha dos seringais da Malásia. Foi água na fervura. Já em 1910 estava escrita a derrocada. Manaus foi se esvaziando. Estagnou o ciclo da prosperidade. Num Brasil sem oportunidade, sem comunicação, a cidade ficou isolada. Até o meio do século passado, tudo tornou-se difícil. Apenas para exemplificar, citamos um fato: o
“Fortaleza Sporting Club”, em 1947, fez uma excursão para jogar na capital baré, de modo impensável para os dias atuais. Foi de navio da companhia Ita para Belém em quatro dias; de Belém para Manaus, no gaiola Sobral, mais oito dias; passou dezenove dias lá, jogando com o “Nacional”, o “Fast” e o “Olímpico”; voltou para Belém na chata Vitória em mais dez dias e finalmente regressou a Fortaleza pelo Itaquicé, mais quatro dias. Quase dois meses de excursão...
DE NOVO, O PROGRESSO – Com a criação da Zona Franca em 6 de junho de 1957, Manaus voltou a reviver com intensidade a fase de apogeu do passado. A Lei, que se tornou factível com o Decreto-Lei Nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, estabeleceu incentivos fiscais para implantação de um polo industrial, comercial e agropecuário numa área física de 10 mil km². A Lei da Zona Franca de Manaus visou “promover a ocupação populacional dessa região e elevar o nível de segurança para manutenção da sua integridade, além de refrear o desmatamento na região e garantir a preservação e sustentabilidade da biodiversidade presente”. Foi o condão mágico. Manaus voltou a brilhar e hoje não deve nada às mais badaladas cidades brasileiras, nem do mundo. Possui tudo que eles possuem, com o acréscimo de um povo sorridente e acolhedor.
TURISMO MIL - Sem medo de errar, afirma-se que poucos locais do mundo oferecem tantas oportunidades de um lazer saudável e repleto de boas surpresas. Em Manaus, em Parintins e outros municípios, na selva ou no caminho de tantos rios há dezenas de oportunidades de se passar dias agradabilíssimos, enriquecendo o espírito e contemplando tantas belezas. É longa a lista de locais de visita que se oferece ao turista. Como mostra, algumas dicas, abrangendo passeios nos rios e igapós, visitas culturais, gastronomia, enfim uma variedade oportunidades para preencher gostosos dias, seja durante o dia ou à noite:
Cultura - Em Manaus, visitas ao Centro Histórico, ao afamado Teatro Amazonas (inaugurado em 31/12/i896, ao Palacete Provincial, Palácio Rio Negro, Bosque de Ciências, Jardim Botânico, Reserva Florestal Adolpho Duque, Mercado Municipal, Distrito Industrial, Espaço Cultural Largo de São Sebastião, museus e conjunto arquitetônico da Alfândega do Porto de Manaus.
Passeios - Em grandes e pequenos barcos, nos rios e igapós, visita a arquipélagos formado por centenas de ilhas e praias, com oportunidade de contemplar vitórias régias e ver jacarés, botos cor-de-rosa, aves pernaltas e pequenos. À noite, visita ao agradável e bem estruturado Calçadão de Ponta Negra.
Festivais – Durante o ano inteiro, municípios do Amazonas promovem muitos festivais, consagrado como o mais famoso deles o Boi-Bumbá de Parintins. Mas outros também se destacam o Carnaboi, Boi Manaus, Festival Folclórico do Amazonas, Festival de Cirandas, Festival da Canção de Itacoatiara, Festival Internacional do Jazz, afora os de ópera, em Manaus, de prestígio internacional, entre abril/maio de cada ano.
Artesanato - O artesanato amazonense reflete, principalmente, a cultura indígena . São objetos e utensílios pessoais e domésticos inspirados na vida da floresta. Na base como sementes de frutos, folhas, penas de aves, raízes, fibras vegetais, palhas e outros elementos da natureza. A comnercializaçao dos produtos é feita na Central de Artesanato Branco e Silva, no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, no Centro Cultural Povos da Amazônia e em outros locais manauaras
Gastronomia – Se os amazonenses gostam, os turistas aplaudem a gastronomia da terra, quer sejam oferecidas em sofisticados estabelecimentos ou em restaurantes menores. É típico da terra na culinária o uso de peixes e frutas. Na mesa, Jaraqui, pirarucu, tambaqui, pacu, matrinxã, e o pirarucu. As frutas mais apreciadas são o açaí, cupuaçu e o guaraná. Os mais procurados pratos são Caldeirada, Pirão, Tacacá, Tucupi, Pirarucu à casaca, e Tucunaré de Forno.
Hospedagem – Os meios de hospedagem de Manaus são considerados de boa qualidade, alguns até figurando no topo dos melhores do país. Acrescente –se que os considerados de selva, exóticos, têm também boa estrutura e oferecem considições para que o hóspede apreciem biomas típicos em que vivem animais selvagens na floresta e jacarés nos rios. Entre tantos, estão aptos para receber os turistas, muitos qualificdos pelo Trip Advisor:
Na capital - Holiday Inn, Tropical Ecoresort, Intercity, Caesar Business, Go Inn, Ibis, Holiday Inn, Blue Tree Premium, Ecosuites Hotel, Hotel Saint Paul, Hotel Mercure e quality hotel.
Hotéis mais afastados de Manaus, alguns considerados de selva:
Ariaú Amazon Towers, no Município de Iranduba, com oito torres erguidas e conectadas por passarelas; Anavilhanas Jungle Lodge – Novo Airão; Juma Amazon Lodge, Lago Juma; Tariri Amazon Lodge - Lago de Acajatuba, Iranduba; Amazon Tupana Lodge; Amazônia Golf Resort; amazonecopark.com.br, às margens do Rio Tarumã, afluente do Rio Negro.
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