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terça-feira, 5 de abril de 2016

CALEIDOSCÓPIO - A PANELA CONTINUA FERVENDO

A PANELA CONTINUA FERVENDO
Na última semana, o caldeirão em Brasília continuou fervendo a todo o vapor. Logo na segunda-feira, mais troca de farpas na tumultuada Comissão de ÉTICA da Câmara Federal durante a reunião que está tratando do “impeachment” da Presidente Dilma Rousseff. Os “nobres deputados” se enfrentam sem o menor pudor, na defesa de suas também “nobres causas”, isto é, se a Presidente da República feriu ou não princípios constitucionais, se houve “pedaladas” fiscais ou não, enfim se deve ou não sair do governo. Os deputados da base governamental continuam em coro defendendo até os dentes que o “impeachment” é um golpe da direita para “apear” do poder quem foi eleita em pleito pelo povo. Sobre mais este item, os oposicionistas afirmam que a eleição foi viciada, estando passivas de julgamento pelo TSE. Mas o foco mesmo no momento é outro. Na terça-feira, mais lenha na fogueira. O PMDB, partido que vinha com a administração petista desde Lula da Silva, por aclamação resolveu sair da base de apoio do governo, golpe sério nas pretensões para que Dilma Rousseff não seja alcançada pela cassação do mandato pretendido pela oposição. Daí que entraram em sena os caciques governamentais na arregimentação do “baixo clero” da Câmara, oferecendo-lhes ministérios e outros cargos de relevo, ocupados até então pelo PMDB. Briga de foice, aliciamento, arregimentação da chamada “sociedade civil organizada”, isto é, militantes e simpatizantes do PT, PCB, PC do B, PSOL, sindicalistas, e os sem um bocado de cousas, pessoas da esquerda. Na quarta-feira, estiveram na reunião da Comissão de Ética os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Conceição Paschoal, que botaram mais lenha na fogueira. Autores de um dos pedidos de “impeachment”, com ênfase defenderam seus pontos de vista de que a Presidente feriu princípios constitucionais, daí por que, dentro da Lei Maior, deveria ser enquadrada para deixar o mandato. Na quinta-feira, em mais uma sessão da Comissão de ÉTICA, o dito pelos três juristas foi contestado veementemente pelo Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e pelo jurista, Ricardo Lodi Ribeiro, defensor da causa contra a Presidente Dilma, ambos mostrando que não havia “pedaladas” nem nada que ferisse a Constituição. Com tantas argumentações pertinentes, em quem acreditar? Então, a questão é política, sob a ótica de cada uma das partes. Sendo política, ganhará quem tiver mais cacife em arregimentação. E neste sentido é que as forças de apoio à Presidente, PHD no ramo, estão colocando suas fichas. Na mesma quinta-feira, em quase todos os estados, aos milhares foram às ruas, ao mesmo tempo em que “castigavam” ainda mais o chamado golpe militar de 64 protestaram com o que chamam de “golpe” o que se está armando contra Dilma e contra a Democracia.  No sábado, em Fortaleza, mesmo debaixo de forte chuva, a turma do fica Dilma aos milhares esteve na Praça do Ferreira para aplaudir Lula e companhia.  Como reza o velho “slogan”, a luta continua, companheiro. O caldeirão está fervendo, prestes a explodir. Quem se salvará, não se sabe.  Para nós, uma fato é patente: estamos vivendo uma democracia plena e torcemos para que continue assim, mesmo após o desfecho destas coisas ruins que atanazam nosso dia a dia.

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