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sexta-feira, 22 de abril de 2016

CALEIDOSCÓPIO - A DEMOCRACIA IMPERA

A DEMOCRACIA IMPERA
Bem que gostaríamos de falar sobre turismo, sua importância para o País, suas novidades e apelos. Exaltar grandes eventos, como a 39ª edição da AVIESP que ocorreu há pouco. Sobre o Festuris, um dos maiores acontecimentos que enaltecem Gramado.  A respeito do 3° Seminário de Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ou da reunião que o Fórum de Turismo do Ceará do Ceará realizará no próximo dia 27, para tratar de assuntos que dizem respeito ao nosso Estado. Contudo o momento nos remete a tecer mais algumas considerações sobre o atual momento político no Brasil. Após as reuniões tumultuadas da Comissão de Ética da Câmara Federal, o relatório sobre o pedido de “impeachment” da Presidente Dilma foi ao plenário da Casa no último domingo, para aprovação ou não do parecer do relator, favorável à solicitação formulada pelos juristas Hélio Pereira Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Conceição Paschoal. Antecipando o que decidiriam os deputados, dias longos de discursos inflamados, consequentes e inconsequentes, a favor e contra o “impeachment”. Enfim, a partir das 14h, nada menos do que 508, no domingo, participaram da votação. Casa cheia. Dois ausentes por alegadas medidas de saúde, 7 se abstiveram de votar, sob motivos fajutos.  O resultado, todos sabem, a Câmara dos Deputados, por 367 (mais de dois terços) votou pelo Sim, respaldando o parecer favorável do relator, enquanto 137 disseram não. O espetáculo só não teve conotação mais digna pela insensatez, falta de preparo e pobreza de espírito da grande maioria dos votantes. Na hora do voto, como se fosse um espetáculo circense, votantes fizeram declarações estapafúrdias e agressivas, mostrando a pobreza da qualidade dos parlamentares que temos. Por que o Regimento da Casa não proíbe manifestações que tais, restringindo que a manifestação seja apenas de sim ou não? Agora, é o Senado da República que, de fato, selará a sorte da Presidente. Depois do recebimento do pedido, certamente os senhores representantes dos Estados da Federação, nas várias etapas do processo, também viverão dias difíceis até a decisão final. Os chamados “Pais da Pátria”, mais sedimentados e, presume-se, mais preparados e sensatos, têm oportunidade de mostrar suas convicções serenas e baseadas sobre o assunto. Certamente.  Prevalecerá a convicção ideológica, política e jurídica de cada um. Seja qual for o resultado, no nosso entender, o Brasil está vivendo momentos nebulosos é certo, mas dentro de uma normalidade democrática exemplar. O pessoal que apoia a presidente Dilma Rousseff é aguerrido, batalhador e declara defendê-la a todo custo. Tem militância nos sindicatos de trabalhadores e no que chamam de “sociedade civil organizada”. Até agora, se comporta vigorosamente, mas sem nada que implique em agressões agudas ou revolucionárias. Os chamados centristas ou direitistas, por outro lado, apresentam-se também convictos e arrojados, demonstrando isto nas grandes concentrações pelo país afora. Até agora, os dois lados estão dentro da legalidade. Assim se aguarda, até o desfecho deste rumoroso caso. 

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