Na última 2ª feira, 12, por fim houve a esperada reunião final no processo de cassação de mandato do deputado Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal. Longos meses se passaram até a Comissão de Ética enviar o processo à deliberação de todos os deputados da Casa, após tumultuadas sessões, com o pedido de cassação. Não deu outra, Cunha perdeu os direitos na acachapante votação da noite da mesma 2ª feira: 450 deputados votaram pelo sim, enquanto apenas dez se mantiverem fieis a ele, com 9 abstenções. O resultado, infelizmente, não foi suficiente para pelo menos amenizar a crise moral, política e financeira por que estamos passando. As feridas causadas pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e a cassação do ex-presidente da Câmara Federal foram apenas mais capítulos deste longo e cinzento período por que passa o povo brasileiro. Anteontem, o caldeirão deu mais mostras de que ainda está fervendo. Procuradores da República, representantes da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União e da Receita Federal fizeram longa exposição para a imprensa de todo o país dando conta de que no centro do Mensalão e da Operação Lava-jatos estava o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Foram contundentes, apresentando as razões pelas quais apontavam Lula e o Partido dos Trabalhadores pelos fatos ocorridos nas duas operações que sangraram os cofres da Petrobrás e do Brasil como um todo. Lógico que na mesma tarde a repulsa de Lula e de aliados, do Instituto Lula e do PT foram expressivas e tidas como uma maneira artificial e torpe de envolvê-lo nos escândalos. A argumentação é que, por mais que investigassem, não encontraram nenhuma prova incriminando Lula nos escândalos, tanto na questão dos imóveis apontados como adquiridos de maneira fraudulenta ou no Mensalão e na Operação Lava-jatos. Tudo não passaria de uma manobra para alijar o carismático fundador do PT das eleições de 2018, quando será escolhido o novo presidente da República. 'Seu objetivo é retirar da cena política o principal líder do povo brasileiro e restringir os próximos processos eleitorais a um jogo controlado pelas oligarquias", disse o PT em nota oficial lida pelo presidente da legenda, Rui Falcão, antes de um pronunciamento de Lula em reação à denúncia. O assunto continua na ordem do diz, cada vez mais explosivo. Não se sabe ainda como agirá Sérgio Moro, o juiz do feito. Quem tem razão, o tempo dirá. O certo de tudo isto é que o povo continua “pagando o pato” Até quando, só Deus Sabe. Pelo andar da carruagem, muitas águas vêm por aí.
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