Antonio José de Oliveira |
Nesta semana, vamos fugir um pouco de assuntos turísticos, para enfocar falcatruas e corrupções, nos três segmentos econômicos (Indústria, Agropecuária e Serviços), sem falar do assédio moral e da falta de Ética nos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), e em empresas privadas. Isto posto, chega-se à conclusão de que o mundo parece ser dos canalhas e somente tem valor quem possui muito dinheiro, ocupa cargos importantes e esbanja autoridade – melhor falar em autoritarismo - por todos os poros.
Atualmente, quem é honesto, ético, profissional, conduta ilibada e transparente em tudo, de tantas bandalheiras, roubos, furtos, violência moral e física, padece da – digamos - “Solidão dos Honestos”, visto sentir vergonha de ser honesto, ao conviver com essa gentalha, que sempre quer levar vantagem em tudo nesta vida.
Não é brincadeira, não, gente! É pura verdade! A comprovação da retrocitada assertiva tem-se, nos noticiários de jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão, afora outros meios modernos de comunicação de massa, como: blogs, twetters, facebooks, etc. Quanta vergonha! Ser corrupto (a) parece dar mais “status” a alguns homens públicos e da iniciativa privada, tendo em vista a abundância de dinheiro dos contribuintes em suas contas particulares.
Corruptos, no sentido amplo do termo, somente residem em mansões e em bairros elegantes, para poderem achincalhar, zombar e rir, na cara, daqueles que não seguem seus exemplos, como verdadeiros marginais e devotos intransigentes da “Lei de Gérson”, posta em prática, diariamente, contra os cofres federais, estaduais e municipais.
Antigamente, era comum afirmar-se que os ladrões eram da classe baixa e, assim mesmo, aqueles (as) de pele negra. Mas, tudo era preconceito. Os brancos culpavam os negros pela marginalidade no Brasil. Entretanto, de uns anos para cá, a roubalheira, a bandidagem e a safadeza passaram a ser cometidas por homens brancos e autoridades dos três Poderes (Federal, Estadual e Municipal). Sinceramente, não acreditamos que se possa extinguir-se, no Brasil, a corrupção, pois esta não é, apenas, o furtar dinheiro e sim o usufruir, descaradamente, em benefício próprio, bens móveis e imóveis públicos, sem falar do vigente nepotismo nas organizações públicas.
Ainda bem que a imprensa está, mediante reportagens investigativas, descobrindo falcatruas, apontando fatos escandalosos, que denigrem, dentro e fora do país, a imagem de uma nação que tem tudo para ser exemplar, perante os demais países. O pior da corrupção é que os protagonistas perdem, apenas, cargos públicos, não são presos e muito menos devolvem o que furtaram. A não punição parece estimular os “amigos do alheio” a sempre permanecerem ativos e vigilantes para novas investidas. E, assim, vivenciamos a solidão dos honestos no meio de sagazes larápios públicos.
Ao findar a leitura deste artigo, dirão alguns; “Que bobo este jornalistazinho”! Por que perder seu tempo, escrevendo sobre a malversação de dinheiro e bens públicos? Será que não sabe que o rol de desonestos se alastra cada vez mais? Respondemos aos canalhas que, como cidadão e jornalista, temos a obrigação de protestar contra a bandalheira em nosso país, Estado e Município.
Agora, alguns perguntarão se, no Turismo Brasileiro, há falcatruas e corrupção. Claro que as existem, inclusive há desvios de verbas, destinadas à infraestrutura de suporte ao setor, para citar um exemplo. Acrescente-se, como justificativa do acima citado, os milhões de reais, para a restauração das rodovias brasileiras, com obras superfaturadas e sem qualidade, o que é vergonhoso, agravando-se a situação, com desastres de trânsito, no cotidiano, além de assaltos a motoristas de caminhões e de carretas, com a finalidade de roubarem as cargas muitas delas valiosas. Por isso, afirmamos haver uma espécie de SOLIDÃO DOS HONESTOS, considerando-se o fato de – parece-nos – predominar os de comportamentos desabonadores.
Antonio José de Oliveira
Presidente da Abrajet-Ceará
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