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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

ALGUMAS NOTAS HISTÓRICAS DO TURISMO BRASILEIRO

CARLOS CASAES ABRAJET/BA
Para quem não recorda, eis alguns nomes que figuraram em tempos passados como Presidentes da Embratur: 1976 – Said Farhat; 1979 – Miguel Colassuono; 1983 – Hermógenes Teixeira Ladeira; 1985 – Mac Dowell Leite de Castro; 1986 – João Dória Junior; 1987 – Pedro Gross; 1989 – Ricardo Mesquita de Farias; 1992 – Ronaldo Monte Rosa; 1994 – Flavio Coelho; 1995 – Caio Luiz de Carvalho que acumulou a Presidência da Embratur.
Potencial turístico baiano reconhecido - O Diretor do Escritório Nacional Austríaco de Turismo no Brasil, Oskar A. Dignóes, em 1976, declarou que Salvador deveria ser a porta de entrada do turismo brasileiro, uma das cidades mais belas que ele conhecera.No mesmo ano, a Bahia liderava a comercialização dos VTDs (Vôos Turísticos Domésticos), que concediam 40% de desconto, Salvador com 34%, Manaus com 28%, Foz de Iguaçu com 23% e Rio de Janeiro com 7%.
Em 1978, a Varig concluiu pesquisa na Europa que revelou que Salvador, em dois anos, seria a principal porta de entrada e o Rio de Janeiro a porta de saída do turismo brasileiro.
Em 1981 (junho), Salvador figurava como a segunda mais importante destinação do turismo no Brasil, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.
Em 1981 (Setembro), o Presidente da Embratur, Miguel Colassuono, apresentou no Congresso da ABAV pesquisa sobre o perfil do agente de viagens, a qual apontou Salvador como o destino mais solicitado pelos agentes, acima de Foz do Iguaçu.
Em 1982, a Soletur, através do seu então diretor de Marketing, Helio Lima Duarte, lançou o programa inédito “Faça Amor em Salvador”, destinado a casais em “lua de mel”. No entanto, o programa não vingou porque o Governador Antônio Carlos Magalhães repudiou o “slogan”.
Em 1984, Salvador era considerada como detentora da condição de terceiro parque hoteleiro do país.
Em 1985, a sede da Nordeste Linhas Aéreas, subsidiária da VARIG, estava instalada na capital baiana.
Em 1992, o então Governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães (em reconhecimento pelo seu decisivo apoio ao turismo), foi alvo de significativa homenagem em jantar no Hotel Ceasar Park, São Paulo, ao qual estiveram presentes Michel Tuma Ness, Caio Luís de Carvalho, o Governador paulista Antonio Fleury, o comunicador dono do SBT Silvio Santos, o empresário Abílio Diniz, Miguel Colassuono, dentre inúmeras outras personalidades.
Em 1993 (maio), foi inaugurada a primeira etapa da recuperação do Centro Histórico de Salvador (Pelourinho), de cuja solenidade participou o Presidente das Organizações Globo de Comunicação, Roberto Marinho.
Em 1993 (dezembro), o Governador Antonio Carlos Magalhães inaugurou a segunda etapa da recuperação do Centro Histórico de Salvador.
Em 1994 (abril), o, então, Presidente de Portugal, Mário Soares, participou da inauguração da terceira etapa da recuperação do Centro Histórico de Salvador, quando, em discurso na solenidade ocorrida no “Cruzeiro de São Francisco”, declarou que aquela era uma “obra única no mundo”.
Semana do Turismo Bahia/Estoril/Portugal
Um dos eventos mais belos e eficientes ocorreu entre 1980 (Fevereiro) e 1981 (maio): a Semana do Turismo Bahia/Estoril/Portugal. Em 80 aconteceu no Hotel Estoril, em Portugal, do qual participaram autoridades, empresários, comunicadores e representantes da cultura baiana. Em 1981, a Semana veio para Salvador (Bahia Othon Pálace), quando a TAP trouxe um avião lotado de empresários, autoridades e jornalistas do setor turístico, além das figuras mais representativas da cultura lusitana, entre elas a excepcional e saudosa cantora Amália Rodrigues.
Estatísticas manipuladas - Em 1981 a Embratur foi acusada de manipular as estatísticas do turismo brasileiro. Até o gaúcho Mário Ramos, que ocupava a sua Diretoria de Planejamento, ao se demitir, revelou, no Congresso da ABIH, que existiam manipuladores de estatísticas naquele órgão.
Seminário que só não falou de “termalismo”  - No final de 1983, foi anunciada com certa ênfase a realização de um Seminário de Termalismo, tendo como sede a estância hidromineral de Poços de Caldas, em Minas Gerais. Para la foram convidados vários jornalistas especializados em turismo de todo o país. Ocorre que o evento tinha como escopo, na realidade, preparar o caminho para uma candidatura a Presidência da República, que era disputada pelos governadores, o mineiro Tancredo Neves e o paulista Franco Montoro, pois a grande maioria dos participantes era de  prefeitos e políticos dos dois Estados. Instado para agradecer em nome dos profissionais da imprensa, num jantar na casa do Prefeito local, resisti porquanto não estava nada satisfeito em termos sido utilizados para objetivo político.  Com a insistência dos colegas, concordei, mas mandei o “verbo” contra aquela farsa, causando, evidente, um mal estar geral. Ocorre que o episódio me rendeu a felicidade de ter conquistado um grande amigo no Prefeito da Cidade mineira de Andradas, Carlos Heitor Piolli, que buscou, então, me apaziguar.

CARLOS CASAES - ABRAJET BA

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