Representantes das principais empresas aéreas que
atuam no Brasil defenderam, no dia 1º
passado, mudanças em regras do setor
para possibilitar a cobrança diferenciada de prestação de serviços. O assunto
foi discutido durante a terceira edição do evento Aviation Day, realizado em
Brasília pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), com apoio
da Associação Brasileira de Empresas Aéreas, Associação de Transporte Aéreo da
América Latina e Caribe e Junta dos Representantes das Companhias Aéreas
Internacionais do Brasil.
A presidente da Latam no Brasil, Cláudia Sender,
disse que a companhia irá adotar em breve um novo modelo que dará opção para o
cliente pagar separadamente pelos serviços oferecidos, como o despacho de
bagagens, lanches e reserva de assentos. Segundo ela, há espaço no Brasil para
esse tipo de negócio.
Para o presidente da Azul Linhas Aéreas, Antonoaldo
Neves, uma nova inclusão social no setor aéreo será possível com a mudança das
regras.
O presidente da GOL, Paulo Sergio Kakinoff, também
defendeu que a cobrança de bagagem seja liberada no Brasil. O fim da franquia de bagagens está previsto
na proposta de revisão das Condições Gerais de Transporte, aprovada pela
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que deve ser votada ainda este mês.
REGULAÇÃO - Para o diretor da Iata no Brasil,
Carlos Ebner, o país ainda tem um mercado muito regulado, principalmente na
parte de defesa do consumidor, se comparado com outros mercados mundiais. Ele
lembra que, quando foi adotada a liberdade tarifária para o setor de aviação no
Brasil, há cerca de 10 anos, se esperava que houvesse um aumento nos preços,
mas o que ocorreu foi uma queda do valor das tarifas “Os preços caíram pela
metade e o número de passageiros duplicou”.
Durante o Aviation Day, o diretor-executivo da
Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos, Douglas
Rebouças, disse que a entidade defende mudanças na forma de pagamento das
outorgas das concessões de aeroportos. Atualmente, as outorgas são pagas em
parcelas fixas anuais, mas as empresas defendem que as primeiras parcelas sejam
menores, porque nos primeiros períodos da concessão os investimentos
necessários são maiores.
Segundo Rebouças, as empresas estão em contato com
o governo e com parlamentares no Congresso para tentar incluir uma emenda
tratando da questão na Medida Provisória 752, que altera regras para concessões
de infraestrutura. (Com a Agência Brasil).
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