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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

CALEIDOSCÓPIO - PARA ONDE QUEREM LEVAR O BRASIL?

PARA ONDE QUEREM LEVAR O BRASIL?

Parece que deu a louca em grande parte dos homens públicos brasileiros, englobando os Três Poderes.  Os seguidos acontecimentos nada recomendáveis deixam o povo perplexo, em grave momento de enormes incertezas quanto ao futuro que nos aguarda. Não passou a fase traumática em que a presidente da República foi obrigada a abandonar o cargo pelo impeachment imposto pelo Congresso Nacional. O atual presidente, que a substituiu, pelas suas tibiesas e convocações de ministros tidos também como de má reputação, não se impôs ainda e gera desconfiança sobre como atravessar a péssima maré em que estamos envolvidos. O ex- presidente da Câmara Federal  teve o seu mandato cassado pelos mal feitos. Não pararam ainda as acusações, julgamentos e prisões dos que assaltaram a Petrobrás e o Brasil roubando bilhões de reais que deveriam ter o destino da educação, da saúde, da segurança pública, dos investimentos estruturais. Agora, também o presidente do Senado é indiciado por um mal feito de anos atrás, e ainda espera maus tempos pelas outras onze acusações de falcatruas que pesam contra ele. E o caldo entornou ainda mais por conta da decisão de um ministro do STF de que ele deveria se afastar da presidência do Senado. A medida não se concretizou, pois a Mesa da Casa, corporativamente, não aceitou a decisão monocrática do ministro. A Corte Maior da Justiça, sabe-se lá se para evitar maior desfecho institucional (ou foi jeitinho brasileiro?)  decidiu que o presidente do Senado só não estaria na linha para suceder o Presidente da República,  mas que poderia continuar no seu cargo. Nem deu bolas para a questão da desobediência de não receber a intimação.  Enquanto isto, na maior recessão que se tem notícia, o povo está comendo o pão que o diabo amassou. São mais de 12 milhões de desempregados que perambulam pelo país à procura de ganhar o pão de cada dia da família. Estados não pagam seus funcionários. Não há perspectivas de que, em curto prazo, se saia de tão grave crise, econômica mas sobretudo moral. Acenos com medidas para sair do ”imbróglio” são noticiados, mas que contornam apenas ângulos do problema. Entretanto, como sempre ocorre, aos trabalhadores, aos mais pobres,  cabe pagar o pato maior das reformas anunciadas, pelo menos para a Previdência. Ninguém tem coragem de falar em cortar as inexplicáveis mordomias nos três poderes. Estão brincando com fogo. Parece que não se lembram dos anos 1964/1987; que subestimam a força das ruas, os justos protestos da massa sofrida.  Que safra de homens públicos ruins! Estão anestesiados? É muita porcaria num caldeirão só...

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