PARA ONDE QUEREM LEVAR O BRASIL?
Parece que deu a louca em grande parte dos homens
públicos brasileiros, englobando os Três Poderes. Os seguidos acontecimentos nada recomendáveis
deixam o povo perplexo, em grave momento de enormes incertezas quanto ao futuro
que nos aguarda. Não passou a fase traumática em que a presidente da República
foi obrigada a abandonar o cargo pelo impeachment imposto pelo Congresso
Nacional. O atual presidente, que a substituiu, pelas suas tibiesas e
convocações de ministros tidos também como de má reputação, não se impôs ainda
e gera desconfiança sobre como atravessar a péssima maré em que estamos
envolvidos. O ex- presidente da Câmara Federal
teve o seu mandato cassado pelos mal feitos. Não pararam ainda as
acusações, julgamentos e prisões dos que assaltaram a Petrobrás e o Brasil
roubando bilhões de reais que deveriam ter o destino da educação, da saúde, da
segurança pública, dos investimentos estruturais. Agora, também o presidente do
Senado é indiciado por um mal feito de anos atrás, e ainda espera maus tempos
pelas outras onze acusações de falcatruas que pesam contra ele. E o caldo
entornou ainda mais por conta da decisão de um ministro do STF de que ele
deveria se afastar da presidência do Senado. A medida não se concretizou, pois
a Mesa da Casa, corporativamente, não aceitou a decisão monocrática do
ministro. A Corte Maior da Justiça, sabe-se lá se para evitar maior desfecho
institucional (ou foi jeitinho brasileiro?)
decidiu que o presidente do Senado só não estaria na linha para suceder
o Presidente da República, mas que
poderia continuar no seu cargo. Nem deu bolas para a questão da desobediência
de não receber a intimação. Enquanto
isto, na maior recessão que se tem notícia, o povo está comendo o pão que o
diabo amassou. São mais de 12 milhões de desempregados que perambulam pelo país
à procura de ganhar o pão de cada dia da família. Estados não pagam seus
funcionários. Não há perspectivas de que, em curto prazo, se saia de tão grave
crise, econômica mas sobretudo moral. Acenos com medidas para sair do
”imbróglio” são noticiados, mas que contornam apenas ângulos do problema.
Entretanto, como sempre ocorre, aos trabalhadores, aos mais pobres, cabe pagar o pato maior das reformas anunciadas,
pelo menos para a Previdência. Ninguém tem coragem de falar em cortar as
inexplicáveis mordomias nos três poderes. Estão brincando com fogo. Parece que
não se lembram dos anos 1964/1987; que subestimam a força das ruas, os justos
protestos da massa sofrida. Que safra de
homens públicos ruins! Estão anestesiados? É muita porcaria num caldeirão só...
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