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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

JORNALISTA NO TURISMO

Antonio Jose de Oliveira
Pres Abrajet CE
Aproveitando a oportunidade, depois da realização, de 16 a 19 de agosto de 2017, na cidade de Aracaju, capital do Estado de Sergipe, do XXXIV Congresso Nacional de Jornalistas de Turismo (Abrajet-Nacional), como presidente da seccional, no Estado do Ceará, sentimo-nos na obrigação de escrever um pouco sobre o que julgamos ser a missão do jornalista de turismo aqui e alhures.
Como parece à primeira vista, não é somente conhecer atrativos turísticos (naturais, artificiais, histórico-culturais) e muito menos escrever acerca deles, usando linguagem persuasiva, com vistas a estimular as pessoas a visitá-los, com fins turísticos ou a negócios, o que caracteriza o jornalista de turismo. É que, a nosso ver, o papel do jornalista de turismo não se resume ao supracitado. 
 Por vivenciarmos, há muitos anos, a atividade jornalística, podemos dizer que esse profissional não deve limitar-se a narrar somente o belo, o útil e o agradável, em diversas regiões brasileiras e estrangeiras, capazes de deslumbrar turistas em potencial. Deve, sim, torná-los mais conscientes a respeito do que existe, no universo, para ser curtido, em termos de belezas naturais e artificiais, como partes integrantes da cultura de determinada localidade turística. Para nós (sem ar professoral), a missão precípua do jornalista de turismo é informar bem; defender os interesses dos turistas e dessa atividade econômica, além de buscar a integração do “trade”, considerando-se ser a comunicação fator preponderante para a consecução desse intento. E o turismo, minha gente, é um dos meios de comunicação social e não cabe, aqui, explicar o porquê da assertiva retrocitada.
Acreditamos ter o verdadeiro jornalista de turismo a consciência de que o turismo não é, exclusivamente, a geração de divisas. Ele – como profissional de imprensa – está consciente de que suas vantagens são também de natureza social, econômica, política, religiosa e  cultural. Tem convicção, outrossim, de que o turismo é capaz de criar uma sociedade mais participativa e humanizada, graças ao intercâmbio de experiências e à observação do “modus vivendi” de outras pessoas.
Bem! Para facilitar o seu trabalho jornalístico, este profissional especializado, caso deseje informar bem os leitores, ou seja, os turistas em potencial, deve estar integrado com os diversos empresários, autoridades governamentais e trabalhadores desse importante segmento econômico, pois, em matéria de turismo, uma andorinha só não faz verão. Na verdade, sem integração do “trade” turístico, será difícil captar mais turistas e, consequentemente, mais divisas para a economia, mediante a geração de mais empregos diretos e indiretos e, assim, a aceleração do desenvolvimento sustentável e solidário dessa atividade. Nossa  opinião é que jornalista de turismo não deve viver fechado, em seu próprio ambiente de trabalho, e, sim, participar dos eventos do setor e, para discutir os problemas da categoria e do turismo, tem de pertencer a associações, no caso a Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – Abrajet – com seccionais em 19 Estados brasileiros.
Vale ressaltar que os jornalistas das diversas Abrajets, profissionais que divulgam o potencial turístico, nas páginas semanais de turismo, em jornal, revista, rádio, televisão, blogs e outras mídias sociais, assim o fazem, conscientes de que o público tem o direito de ser bem informado a respeito dos atrativos turísticos e serviços a fim de que aproveite melhor suas horas de lazer e enriqueça seus conhecimentos gerais, ao visitar localidades diferentes da sua, participando, dessa forma, de um verdadeiro intercâmbio cultural.
Destacamos, também, que o jornalista de turismo deve, acima de tudo, ser ético e jamais, em seus artigos, notícias, reportagens, ludibriar a opinião pública, atendendo interesses de autoridades governamentais e do empresariado do ramo. É bom lembrar, amiudamente, que, em turismo – a exemplo de outras atividades econômicas – não se deve mentir. Jamais se deve dizer que há um frondoso bosque, onde existe, apenas, um simples jardim bem cuidado. Ao bom entendedor, meia palavra basta. Vamos encarar o turismo com seriedade, profissionalismo e espírito ético. Turismo, gente, deve ser uma atividade plural e praticada sempre em parceria com todos os segmentos sociais.

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