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sexta-feira, 18 de maio de 2018

VISITA OBRIGATÓRIA: MERCADO CENTRAL DE BELO HORIZONTE - CULTURA E SABOR

Belo Horizonte tinha apenas 31 anos quando um prefeito empreendedor resolveu reunir, em um só local, os produtos destinados ao abastecimento dos 47.000 habitantes da jovem cidade. Foi assim que o Mercado Central nasceu, no dia 7 de setembro de 1929, unindo as feiras da Praça da Estação e da praça da atual rodoviária. Em um terreno de 22 lotes, próximo à Praça Raul Soares, o prefeito Cristiano Machado reuniu todos os feirantes, centralizando o abastecimento da população. Nos 14.000 m² do terreno descoberto, circundado pelas carroças que transportavam os produtos, as barracas de madeira se enfileiravam para a venda de alimentos.
O Mercado, então denominado Mercado Municipal, com sua atividade intensa e movimento alegre, funcionou até 1964, quando o prefeito da época, Jorge Carone, resolveu vender o terreno, alegando impossibilidade de administrar a feira. Para impedir o fechamento do Mercado, os comerciantes se organizaram, criaram uma cooperativa e compraram o imóvel da Prefeitura. No entanto, teriam que construir um galpão coberto na área total do loteamento no prazo de cinco anos. Se não conseguissem, teriam que devolver a área à Prefeitura.
A tarefa não foi fácil. A duas semanas do fim do prazo dado pela prefeitura, ainda faltava o fechamento da área. Foi então que os irmãos Osvaldo, Vicente e Milton de Araújo decidiram acreditar no empreendimento e investiram no projeto. Foram contratadas quatro construtoras, ficando cada uma responsável por uma lateral, para que o galpão pudesse ser fechado no prazo estabelecido. Ao fim do prazo, os 14.000 m² de terreno estavam totalmente fechados. Os associados, com seu empreendedorismo e entusiasmo, viam seu esforço recompensado.
Nas lojas os clientes encontram produtos dos mais diversificados de Minas Gerais
Assim, bem organizado e com participação ativa dos comerciantes, a cada dia ao longo dos anos o Mercado ampliava suas atividades, expandia seus negócios e se transformava em um núcleo não só de produtos alimentícios, mas também de artesanato e de comidas típicas, tornando-se um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte e um dos locais mais queridos pelos mineiros.
Atualmente, com mais de oito décadas de vida, o mercado possui mais de 400 lojas, oferece serviço de informações bilíngue, atrai todos os dias milhares de visitantes de todos os lugares do Brasil e do mundo e, em seus corredores, guarda grandes memórias e muitas histórias para contar
Pensando na função social de ter suas portas abertas para todo o público, incluindo os clientes que possuem alguma dificuldade de mobilidade, o Mercado Central possui elevadores e rampas de acesso, disponibiliza cadeiras de rodas e mantém profissionais treinados para atendimentos especializados.
Com o projeto Consumidor do Futuro, atende escolas regulares e especiais, garantindo que crianças e jovens portadores de necessidades especiais também possam vir ao Mercado para descobrir as cores, os cheiros e os sabores diversificados. Sempre que você precisar de ajuda, procure por um dos seguranças. Eles são orientados a auxiliar os clientes em todos os casos, da melhor maneira possível. Visitar o Mercado Central, na avenida Augusto de Lima, próximo à praça Raul Soares, centro de BH, é quase uma obrigação de que vai a BH. (Jornalista Sérgio Moreira – Da Confraria de Jornalistas de Turismo e da ABrajet/MG)

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