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sexta-feira, 7 de junho de 2019

ÍCONE DA HOTEARIA BAIANA VAI ABAIXO

Um ícone da hotelaria baiana está sendo totalmente demolido. O Salvador Praia Hotel, que foi um dos três primeiros hotéis 5 estrelas da capital baiana, começou a ser demolido no dia 13 de maio passado. Construído em 1974 por um grupo hoteleiro de Pernambuco e com o apoio do Governo do Estado – então liderado por Antônio Carlos Magalhães – já se encontrava desativado há cerca de 10 anos.
Transformado num grande e belo elefante branco, o Salvador Praia vinha ocupando uma extensa área nobre, no Bairro de Ondina, sem que houvesse qualquer definição quanto ao destino daquele espaço. Até que o Prefeito ACM Neto entrou no circuito e conseguiu decidir pela substituição do antigo prédio com a construção de um conjunto de três edifícios.
O antigo hotel era constituído por 163 apartamentos, todos de frente para o mar, em localização privilegiada, coligado ao também antigo e desativado Bahia Othon Pálace Hotel. Com praia própria, foi, inclusive, considerado como o primeiro hotel 5 estrelas de todo o Nordeste, cuja classificação fora concedida pela Embratur, que regulava a destinação da categoria.
Nos seus primeiros anos, o Salvador Práia Hotel foi dirigido, inclusive, por um profissional de Pernambuco, que tem uma história de grandes realizações no turismo baiano: GUiLHERME GOMES. Então, ele procedia da gerência geral do Plaza Hotel localizado no Corredor da Vitória. Depois, o próprio Gulherme dirigiu o Bahia Othon Pálace até arrendar e assumir a direção de um outro hotel na Avenida Antônio Carlos Magalhães.
No local onde funcionou o hotel por 35 anos, este será substituído por dois condomínios, empreendimento da empresa Moura Dubeux: serão o Undae Ocean, com duas torres, e o Beach Class Salvador, com uma só torre. Em virtude da iniciativa ter obedecido a interferência direta do Prefeito de Salvador, o empreendimento envolverá contrapartidas para o município.
A área total encontra-se num terreno de 12 mil m2 no bairro de Ondina e a contrapartida destinada à Prefeitura deverá totalizar em torno de R$2.8 milhões, além do que a construtora deverá assegurar uma cota de solidariedade na ordem de 5% da área construída, percentual que totalizará R$1 milhão, cuja destinação deverá ser doação para habitação de cunho social ou para a própria Prefeitura.
A construção desse novo projeto na capital baiana deverá proporcionar um significativo impacto no turismo de Salvador. É que, além de todas as vantagens que advirão, como, por exemplo, a urbanização de toda a área, um dos prédios será destinado à categoria de apart-hotel, com um total de 235 apartamentos. Isto porque, com as obras que ocorrerão em torno do empreendimento, será criado um espaço de convivência muito especial, em virtude da localização, sobretudo por estar junto ao mar.
Sabe-se que 30% dos 12 mil metros quadrados do terreno serão destinados ao uso público. A Prefeitura pontua, inclusive, a implantação de um boulevard de 170 metros, com jardins integrados por mais de 20 espécies de árvores, bem assim espelho d'agua em plena Avenida Oceânica. O antigo calçadão do local será ampliado e terá 15 metros de largura, além de contar com moderna ciclovia.
Da mesma sorte, a rua que fica ao seu lado terá alargamento e deverá ser beneficiada com a inclusão de um novo mirante de 5 metros, bem assim com acesso à praia, além de ser dotado de piso compartilhado, jardins e academia de ginástica ao ar livre. Por sua vez, a calçada a beira-mar será revitalizada.
No que respeita ao Bahia Othon Pálace, que foi desativado em outubro do ano passado, ao lado do Salvador Práia Hotel, até o momento a Prefeitura ainda não tem qualquer notícia sobre a sua destinação. Apenas que o grupo se encontra em recuperação judicial.
A melhor notícia vem por conta de que, em virtude da pressão do Prefeito que, inclusive, ameaçou decretar a utilidade pública, que resultaria na sua desapropriação, o antigo hotel Pestana que, antes fora Meridién, está em vias de ser adquirido por uma das rêdes gigantes da hotelaria mundial. Até junho deverão ser conhecidos detalhes dessa reabertura do hotel que se encontra fechado desde 2016 e após funcionar por cerca de 20 anos.
Os hotéis em referência estão todos localizados na orla da cidade, setor que vem sendo alvo de seguidas intervenções do Poder Municipal. Inclusive, a segunda etapa de reforma teve início no mês de março passado. A primeira etapa incluiu o trecho do restaurante Sukyaki, no Rio Vermelho, à Avenida Ademar de Barros, em Ondina, trecho que foi entregue em fevereiro.
Nos últimos 7 anos, a Prefeitura requalificou 17 trechos da orla, a saber: São Tomé de Paripe, Tubarão, Piatã, Itapuã, Ribeira, Barra, Jardim de Alah, Rio Vermelho, Farol de Itapuã, Itacaranha/Plataforma (o trecho mais extenso, com 2,9 km), Boca do Rio e Ondina.

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