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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

FORTALEZA, CAPITAL DA CULTURA - “AS CIDADES E OS LIVROS”, TEMA DA XIII BIENAL INTERNACIONAL

A partir de hoje, 16, e até o domingo 25 deste mês de agosto Fortaleza se transforma na capital brasileira da cultura. Com o tema “As cidades e os livros” estaremos vivenciando, no Centro de Eventos, a XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará. O marcante acontecimento teve seu lançamento anteontem, na Casa de Juvenal Galeno, é uma iniciativa do Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura (Secult), em parceria com o Instituto Dragão do Mar e apoio do Ministério da Cidadania, através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. Neste ano, a Bienal estará sob a curadoria da escritora Ana Miranda e dos escritores e professores Inês Cardoso e Carlos Vasconcelos, com a coordenação de Goreth Albuquerque, também coordenadora da política de livro, leitura, literatura e bibliotecas da Secult.
Evento estruturante na política cultural do Estado, a Bienal do Livro irá apresentar durante os dez dias de programação atrações literárias e artísticas, englobando palestras, mesas redondas, conferências, oficinas, contações de histórias, lançamentos de livros e outros eventos literários, além de apresentações com artistas de reconhecimento local, nacional e internacional, combinando uma programação diversa e de acesso gratuito.
Além de ser um espaço para fruição artística, a Bienal é um espaço de construção de políticas do livro, leitura, literatura e bibliotecas, criando momentos para ouvir a opinião da sociedade e entidades envolvidas. O acesso ao livro e à leitura também é um pilar da política, expresso na Bienal do Livro, por meio da mobilização das secretarias da educação, estadual e municipais, e com escolas particulares, para que estudantes de todo o Estado participem do evento.
Entre público espontâneo e escolar, a Bienal do Livro registrou, nas duas mais recentes edições, uma média de 55 mil visitantes/dia, que acompanham a programação temática, com atividades para o público infantil, juvenil e adulto. A Bienal também movimenta o mercado, reunindo editores, livreiros, distribuidores e autores independentes, numa grande feira de livros.
AS CIDADES E OS LIVROS - “A cidade é uma escrita e também uma leitura. Podemos dizer, então, que é um livro”, assim pontua o secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano Piúba, sobre o grande tema da Bienal do Livro.
Estabelecendo conexões amplas e poéticas entre as cidades e os livros, a XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará já destaca em seu lançamento o equipamento histórico no Centro de Fortaleza, a Casa de Juvenal Galeno. Completando 100 anos de história como equipamento cultural, a Casa foi residência do poeta Juvenal Galeno, fundada por ele como instituição em 27 de setembro de 1919. No local, Galeno criou os seus sete filhos e viveu até morrer, aos 95 anos em 1931, deixando a casa aos cuidados de sua filha, a escritora, professora e advogada Henriqueta Galeno.
Nesse amplo conceito, pensamos as cidades como moradia, como cenário de nossos tempos, mas também como formadora de geografias pessoais, subtema da Bienal. Cada um de nós tem suas cidades, aldeias, fazendas, seus lugares de afeto, de memórias. Essa geografia pessoal se expressa fortemente na literatura. É muito citado entre escritores o pensamento de Tolstói: “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”.
Uma imensa variedade de livros reconstrói as cidades, outros tantos discutem e esquadrinham seus sentidos.Vivemos um tempo em que é fundamental perceber as cidades, suas partes e seu todo; compreendê-las, para compreender os homens, as mulheres, as infâncias e o mundo contemporâneo.
ESPAÇOS DA BIENAL - Os eventos literários costumam homenagear escritores, sobretudo nas bienais. Nesta edição da Bienal do Livro, porém, os livros serão os grandes homenageados. Essa decisão é compatível com o desejo de aprofundar a Bienal na experiência de formação do público leitor. Os livros homenageados são o internacional “Terra Sonâmbula”, de Mia Couto, o nacional “Lavoura Arcaica”, de Raduan Nassar, e o cearense “A casa”, de Natércia Campos. A leitura também será protagonista da Bienal, pensando sempre em sua presença durante toda a programação.
A XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará irá promover encontros, para debater a política do livro, leitura, literatura e bibliotecas, como o IX Encontro do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e o V Encontro de Agentes de Leitura do Ceará. Também estão programados outros encontros diversos propostos pela sociedade civil, como o IV Encontro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, o Encontro de Mediação de Leituras: Da oralidade ao livro na mão, o Encontro sobre Literatura e Gênero e o Encontro de Blogs e Revistas Literárias.
DESTAQUES - Os espaços temáticos no Centro de Eventos do Ceará são outro destaque. O Café Literário é um espaço de convivência e promoção literária, realização de bate-papo com autores e público e lançamentos de livro. O Espaço Natércia Campos será organizado pela Academia Cearense de Letras, para promoção da Literatura Cearense. O Espaço Cordel reúne cordelistas, repentistas, xilogravuristas e todas as expressões da Cultura do Cordel. O Espaço Juventude oferece programação para público jovem de qualquer idade, atendendo o pré-adolescente e o jovem adulto, com temáticas específicas. O Espaço Leitura e Infância oferece ampla programação para crianças. O Espaço do Professor é destinado a palestras e lançamentos para o segmento da educação, envolvendo a literatura e o fomento à leitura. Já o Espaço Letra de Mulher dá visibilidade à produção e ao debate sobre a mulher no campo editorial. Por fim, o Espaço de Memória, Patrimônio e Museus irá apresentar os Mestres e Mestras da Cultura do Estado, para fortalecer o campo da literatura oral dentro da Bienal.

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