Novo espaço cultural de Jeremunha |
As paredes da antiga cadeia de Jerumenha, de 1851, ainda preservam a história daquela época, com traços deixados pelos prisioneiros que ocupavam as celas. O prédio, abandonado há anos, ganhou reforma para abrigar o Espaço Cultural Amélia de Freitas Beviláqua, que será entregue à população nesta terça-feira (28). Foram investidos mais de R$ 186 mil na obra, que agora será a casa de grupos culturais, artesãos, estudantes, visitantes e dos jerumenhenses.
“Esse prédio estava abandonado e conseguimos transformá-lo num espaço para valorização da cultura de Jerumenha. É uma alegria poder entregar mais uma casa de cultura ao Piauí. Esperamos que o espaço cultural seja uma referência para moradores e visitantes da cidade, e que eles ajudem a preservar esse patrimônio”, afirma o secretário de Estado da Cultura, Fábio Novo.
Com a reforma do espaço, foi criada uma sala para os ensaios dos grupos de dança de Jerumenha. O local ganhou uma decoração rica em elementos nordestinos, além de espelhos, sistema de som e iluminação, e ventiladores.
As artesãs da cidade também ganharam um cantinho especial. Uma sala onde poderão expor e comercializar seus produtos. O Espaço Cultural possui ainda sala de estudos, com mesas, cadeiras e livros, e sala de reunião. Nas paredes, painéis de até 4 metros contam um pouco a história da cidade.
Essa história também se faz presente na Sala de Exposição, que reúne as relíquias da Igreja de Santo Antônio, padroeiro da cidade. Em outra sala, objetos doados pelos “Filhos de Jerumenha”, também ajudam a dar um novo significado à antiga cadeia do município. Nas paredes de uma das salas onde funcionavam as celas, foram preservados os traços deixados pelos presos que já passaram por ali.
HOMENAGEM - O nome do Espaço Cultural é uma homenagem à escritora e jornalista Amélia de Freitas Beviláqua, que nasceu em 1860, em Jerumenha. Ela foi casada com Clovis Beviláqua, imortal da Academia Brasileira de Letras. Amélia foi ocupante da cadeira 23 da Academia Piauiense de Letras e patrona da cadeira 48 da ala feminina da casa Juvenal Galeno, no Ceará. Amélia foi a primeira mulher do Brasil a pleitear uma vaga na Academia Brasileira de Letras.
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