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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

CALEIDOSCÓPIO - O QUE FAZER?


O QUE FAZER?
Com justificada razão, muita gente vem criticando a maneira de o poder público vir despejando polpudas verbas para serem empregadas na construção (ou reconstrução) de estádios monumentais e outras obras, visando às Copas das Confederações e do Mundo. As argumentações são consistentes, pois acham que as prioridades deveriam ser direcionadas para o bem-estar do povo, com melhorias profundas e consistentes em saúde, educação e segurança. Também temos quase certeza de que o caminho seria este Agora, raciocinemos: qual a razão de até agora, desde que o Brasil é Brasil, os dirigentes dos governos federal, estadual e municipal não terem voltado suas atenções maiores para estas três áreas básicas? Claro que todos sabemos a resposta. A grande maioria da população, analfabeta ou semianalfabeta por isto sem maior consciência cidadã,  é conduzida a votar em políticos insinuantes, donos de currais eleitorais,  interesseiros e, o que é pior, com um passado que o levou a ser chamado de “ficha suja” . Por qualquer  trinta moedas o voto vai para os vivaldinos. Via de regra, nosso país sempre é dirigido  por políticos até bem intencionados mas que nada podem fazer pois são obrigados a seguir o que quer as alianças  a que pertencem, “em nome da governabilidade” . Daí o resultado de saúde, educação e segurança não serem equacionados com o devido respeito. Medidas pontuais, com fins eleitoreiros é o que voga. Assim, os encaminhamentos  possíveis de  solução dos problemas cruciais da população sempre vão ficando para trás.
EXALTEMOS AS “BONDADES”
Diante do pensamento acima exposto, achamos que as obras acertadas nos protocolos de intenção com a FIFA vêm em boa hora. Não são prioritárias para a população, principalmente a mais carente. Contudo, são estruturantes e convenientes para que as doze sedes escolhidas para os jogos das Copas sejam bem apresentadas as olhos do mundo. E a “bondade” vem em boa hora. Senão vejamos com bons olhos. Quando o Governo do Estado poderia reformar o estádio do Castelão que já estava precisando de uma reforma geral? Antes, o nosso querido Presidente Vargas também não reclamava de uma reforma geral? Mas cadê dinheiro? E as obras das ruas e avenidas que demandam a hoje chamada Arena, com alargamento da avenida Alberto Craveiro, construção de túneis e coisas mais seriam sequer pensadas? Quando  teríamos um  o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), as duas estações extras na Linha Sul do Metrô (Padre Cícero e Juscelino Kubitschek), a reforma e ampliação do terminal de passageiros no aeroporto internacional Pinto Martins, a construção do Novo Terminal Marítimo de Passageiros no Porto do Mucuripe? Todas são obras necessárias para melhorar a mobilidade pública de Fortaleza ou prepará-la para acentuada vocação turística. Mas faltava dinheiro para superar estes e outros problemas de importância do dia a dia. São razões que nos levam a não demonizar o que está sendo feito para as Copas. Dos males, os menores, diz a sabedoria popular.

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