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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

GRANDE TIMONEIRA NA ACI

Na segunda metade do decênio 1940/1950, pelas mãos de Luís Sucupira e Bruno Maia, ingressei como associado da Associação Cearense de Imprensa. Foi na época da presidência do competente, corajoso e formal Perboyre e Silva, ali na Rua Senador Pompeu, lado de O POVO. Do diretor ao revisor, quase todos que labutavam nos jornais diários da época - CORREIO DO CEARÁ, UNITÁRIO, O POVO, GAZETA DE NOTÍCIAS, O ESTADO, O DEMOCRATA E O NORDESTE - eram sócios da ACI. O prestígio da entidade se fazia sentir em todas as camadas da sociedade fortalezense, a partir das autoridades. Em todos os movimentos sociais estava presente.  Também era  referência  pela realização do concurso Rainha da Imprensa e das quermesses para angariar fundos tendo em vista a construção do edifício em que hoje funciona a sede social, o Palácio da Imprensa. Tempos dinâmicos em que Perboyre, contando entre tantos com a valiosa colaboração de Clóvis Matos, Stênio Azevedo e Daniel Carneiro Job, amealhava o dinheiro fruto das festas e outros movimentos para empregá-lo na construção da ousada obra. Era um obstinado o presidente. Cuidava com  zelo do Abrigo dos Gazeteiros, que funcionava na parte de trás do prédio da Senador Pompeu, sempre apoiando mas cobrando do Cabo Dutra, o administrador do anexo, zelo no trabalho e boa atenção aos abrigados. ( Dutra, com rasgos de repentista, depois tornou-se o conhecido jornalista José Dutra de Oliveira, da TRIBUNA DO CEARÁ, um dedicado redator de notícias do interior do Estado).  No final de 1940, Perboyre me admitiu como Diretor de Secretaria da ACI, em substituição a Bruno Maia. Foi talvez o melhor tempo de aprendizado que tive, pois o chefe era exigente no cumprimento das obrigações e, com mais veras, na redação das correspondências. Felizmente, com a colaboração do ainda menino Fernando César Mesquita, sobrinho do presidente e uma espécie de “office boy”, safei-me regularmente das tarefas. Pois foi a partir dessa  época que melhor conheci a história da ACI,  a mãe inspiradora do Sindicato dos Jornalistas do Ceará e do Curso de Jornalismo da UFC. Em alguns momentos desde sua fundação em 14 de julho de 1925, o combativo grêmio associativo dos jornalistas cearense passou por turbulências, naturais na vida de pessoas e associações. Jamais, contudo, houve desagregação. Daí por que temos quase certeza (certeza mesmo só a morte) de que a ACI, com a eleição no último dia 02/08, a confreira Adísia Sá estará mais revigorada ainda. Todos os cearenses – e por que não o Brasil? – conhecem de sobejo a atuação sempre retilínea da ilustre, honesta  de propósitos e combativa Adisia. Ao lado de outros colegas, como é o caso da Amiga/Irmã  Ivonete, ex-presidente da ACI, a nova presidente  combateu o bom combate, jamais se omitiu e, com toda honestidade de propósito, altiva,  revelou seus pontos de vista. Tenho opinião de que os associados que sagraram seu nome nas urnas serão recompensados com a administração dinâmica e retilínea na nossa presidente. A ACI está com uma grande timoneira.  

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