É sempre assim. O mês de dezembro neste ocidental Brasil, como também em vários países da terra ocidental, esquecemo-nos do que aconteceu nos outros meses do ano e vivemos dias de pensamentos positivos, alegres. Parece que fatos ruins e desagradáveis estiveram à margem do nosso cotidiano e tudo foi azul. Quase regra geral, euforia e esperanças positivas nos dominam e passamos a nos preparar bem para um Natal e um Reveillon dos sonhos. Ficamos anestesiados e o objetivo é comprar presentes para oferecer aos entes e amigos diletos e viver da melhor forma possível a virada do ano. Até coisas ruins que nos atormentaram em recentes passados nunca existiram ou existem; que não há sofrimento entre a grande maioria dos nordestinos vitimas de cruel seca que nos está atormentando; ou das enchentes desastradas ocasionadas por chuvas em muitas cidades do país, matando moradores ou os deixando sem casas e pertences, um desespero de fazer dó. Aliás, não se sabe quem sofre mais, se os que atravessam a estiagem ou os desesperados pelas enxurradas. Infelizmente, a verdade é esta. O que fazer, somos assim mesmo, pusilânimes até. Pelo menos, amigos “farinha do mesmo saco”, lembremo-nos de que, em meio ás alegrias, o Natal foi instituído para louvar o Grande Enviado. Vale, nem que sejam por poucos momentos, refletir sobre o real significado da data. Depois, então, em meio a abraços e beijos, que os bons vinhos e os deliciosos perus nos empanturrem. Assim, terminamos a nossa “lenga-lenga” deste 2013 comungando com o grande Mário Quintana:
“Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano/Vive uma louca chamada Esperança/E ela pensa que quando todas as sirenas/Todas as buzinas/Todos os reco-recos tocarem/- Ó delicioso vôo!/ Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,/ Outra vez criança…/E em torno dela indagará o povo:/- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?/ E ela lhes dirá/(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)/Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:/- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…”
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