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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

CALEIDOSCÓPIO - ELEITOR DESCRENTE

ELEITOR DESCRENTE
Belo espetáculo cívico viveu o Brasil no último domingo, 5 de outubro. Quase em massa total, os que estavam aptos a votar compareceram às urnas com o propósito de escolher os novos presidente da República, deputados federais, senadores (um terço) e deputados estaduais, para o  quadriênio que vai de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2018. Com fatos pouco relevantes, a eleição foi limpa e houve um comportamento exemplar da quase totalidade dos que votaram. O TSE e os Tribunais Eleitorais marcaram grande tento, na preparação e na condução do pleito, registro que fazemos também favorável à atuação dos vários órgãos de segurança do País. Um fato ficou patente em relação às eleições deste ano, já revelado em outros que por aqui aconteceram. Parte expressiva da população brasileira não compareceu às urnas ou votou em branco, num recado claro de que os políticos brasileiros não merecem confiança, não trabalham em bem da Nação, grande parte é corrupta e incapaz de exercer um mandato outorgado pelo povo. Compreende-se o protesto. Mas agindo assim, sem o querer, estão indiretamente favorecendo estes maus políticos. O gesto certo seria votar  para eleger os mais confiáveis na sua avaliação, mesmo com os defeitos que demonstrassem. As pressões futuras poderiam se não resolver, mas pelo menos aos eleitos estava dado o recado - “está de olho”. Vejamos o que se publicou, após terminada a eleição. Cerca de 142.820.810 eleitores tiveram 90,36% de votos válidos. Os números computados até a madrugada da 2ª feira mostraram que os brancos e nulos somaram 9,64% dos votos totais, a fora  os 27.698.199 eleitores que não votaram, 19,39% do total. Os votos em branco foram 3,13% do total. Neste ano, os votos em branco representam 3,84%. Já os votos nulos, que vinham caindo nas três eleições anteriores, atingiram 5,8%. Com isso, abstenções, brancos e nulos somam 29%. Um acontecimento que merece registro: 141.501 brasileiros votaram para presidente da República em 89 países nesse domingo (5).  Na avaliação destes conterrâneos que estão no exterior, apurados os votos, os resultados gerais ficaram assim: Aécio Neves, do PSDB, teve 49,51% dos votos, contra 26,01% da candidata do PSB, Marina Silva. Já a atual presidente Dilma Rousseff ficou em terceiro lugar em território estrangeiro, com 18,35% dos votos. No Ceará, também os que direta ou indiretamente não contribuíram com o seu voto lógico que foi  menor. Contudo revelaram também a descrença que grande parte nutre em relação à política e aos políticos que atualmente estão no contexto.  Finalmente, como revela o sr.  Renato Meirelles, presidente do Instituto Data Popular, "a classe política está afastada da realidade cotidiana das pessoas”. Acrescentamos nós que também o povo não muito crê nas pesquisas dos vários órgãos que frequentemente atuaram antes do período eleitoral e até na chamada “boca de urnas”. Houve muitos “chutes”, não podemos dizer se foram intencionais. 

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