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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

AS CIDADES PERTENCEM A TODOS

Antonio José de Oliveira
Passado o período de férias trabalhistas, voltamos ao batente e eis-nos a redigir mais um artigo, sempre em prol do desenvolvimento sustentável de um segmento econômico, gerador de empregos, de renda e de outras vantagens socioeconômica e cultural, o Turismo, que impacta mais de 50 atividades  nos setores da agropecuária, industrial e de serviços.
Desta feita, chamamos atenção para um fato, apesar de todos os esforços do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria da Segurança Pública, das Polícias Militar e Civil e da Guarda Municipal, (Agora, pode  aplicar multas aos desobedientes às leis de trânsito), que denigre a imagem do Ceará-Turístico, aqui, nos demais Estados brasileiros e no exterior, ou seja, a onda de assaltos a pessoas físicas e a bancos e, por incrível que pareça, nos corredores turísticos, como ocorreu, em plena alta estação, três vezes, em um mês, na avenida Beira-Mar, cartão postal da “Loira Desposada do Sol”.
O importante é que o Governo do Estado e a Prefeitura de Fortaleza tomaram a iniciativa de contratar mais policiais, compraram mais veículos e armamentos, para fortalecer as Polícias Militar, Civil e a Guarda Municipal, qualificando esses profissionais, com vistas a combater a violência pública e, consequentemente, oferecer à população e aos visitantes mais segurança, deixando-os andar, por todos os recantos da metrópole, com mais tranquilidade e livrando-se do medo de ser assaltados.
A verdade é que a bandidagem está presente em todos os grandes centros urbanos do Brasil e os assaltos a turistas e a nativos dão-se, em maior número, onde há o denominado “Boom” turístico, a exemplo da capital do Ceará – Fortaleza – que ocupa, no Nordeste, a segunda posição, na preferência dos turistas, perdendo somente para Salvador-Bahia.
Outra anomalia, em  uma cidade preferida pelos turistas, é presenciar a sujeira, na orla marítima, nas calçadas de ruas e avenidas, em logradouros públicos, monumentos e prédios pichados, alguns com avarias, água fétidas, nas coxias, praças abandonadas, camelôs e vendedores de gêneros alimentícios, emporcalhando as ruas centrais de Fortaleza e adjacências, sem falar da péssima iluminação pública em algumas ruas, avenidas etc., o que contribui para a presença de meliantes e desocupados.
Sabemos, caro leitor, que o Governo do Estado e a Prefeitura de Fortaleza, em parceria com algumas empresas privadas, fazem o possível, para que Fortaleza seja agradável e bela e continue a receber mais visitantes, porém ainda não é o ideal. Ah! A população tem certa parcela de culpa, pois muitas pessoas, inclusive de classes abastadas, procedem, deseducadamente, jogando lixo nas ruas, avenidas, quer a pé, quer de dentro de carrões, danificando bancos nas praças, pichando muros, bustos, estátuas e não zelando pela preservação dos bens públicos. Esses, o que é deprimente, se esquecem de que povo limpo é povo civilizado, como outrora dizia um apelo publicitário.
Por último, vem o apelo: será que não dá, para evitar essas mazelas (limpeza, preservação do meio ambiente e segurança pública), pelo menos, a médio prazo?  Que cada pessoa, nativo ou visitante, se conscientize-se de que cada uma, fazendo a sua parte, ganham a cidade, a população e os turistas, visto serem beneficiados com melhores condições de habitabilidade e, em consequência,  de vida.
Vamos, gente, colaborar! As cidades pertencem a todos.
Antonio José de Oliveira - Vice-presidente da Abrajet-Ceará

Um comentário:

  1. Caro Antônio José: o destino que atrai mais turistas do que Fortaleza é Porto Seguro. Salvador está passando por uma das piores fases, com o turismo em total decadência.

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