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sexta-feira, 13 de maio de 2016

IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DILMA - APROVADA PELO SENADO A ADMISSIBILIDADE DO PROCESSO

O Senado aprovou na manhã de ontem (12), por 55 votos a favor e 22 contra, a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Com isso, o processo será aberto no Senado e Dilma será afastada do cargo por até 180 dias, a partir da notificação. Os senadores votaram no painel eletrônico. Não houve abstenções. Estavam presentes 78 parlamentares, mas 77 votaram, já que o presidente da Casa, Renan Calheiros, optou por não votar.
A histórica reunião, não obstante os discursos convergentes e divergentes dos senadores, decorreu em clima tenso, mas sem maiores incidentes. Começou às 10 horas da quarta-feira, varou a tarde, a noite e a madrugada de ontem, quinta-feira, só terminando às seis e meia, com o Plenário sempre cheio. 
Diferente do que houve na reunião da Câmara Federal, os senadores votaram em pouco tempo, no Painel eletrônico, sem manifestações histriônicas. 
A NOTIFICAÇÃO - A presidenta Dilma Rousseff foi notificada no Palácio do Planalto pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO) de seu afastamento do cargo após a proclamação do resultado da votação da admissibilidade do processo de impeachment no Senado.
No documento, Renan diz que a partir do recebimento da intimação está instaurado o processo de impedimento por crime de responsabilidade, ficando Dilma Rousseff, nos termos do Art. 86, §1º, II, da Constituição Federal, suspensa das funções de presidente da República por até 180 dias.
PRERROGATIVAS - Após a proclamação do resultado da votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na manhã desta quinta-feira (12), o presidente do Senado leu para os senadores o texto da intimação que será entregue pelo primeiro-secretário da Casa, senador Vicentinho Alves (PR-TO) a Dilma.
Na mesma notificação, o presidente do Senado diz que prerrogativas Dilma manterá nesse período. São elas: “Uso de residência oficial, segurança pessoal, assistência saúde, transporte aéreo e terrestre, remuneração e equipe a serviço do gabinete pessoal da Presidência”.
CERIMÔNIA - O Palácio do Planalto preparou uma cerimônia no gabinete presidencial, no terceiro andar do prédio, onde Dilma recebeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, autoridades e personalidades aliadas para assinar a notificação, entregue pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado.
PUNIÇÃO SEM CRIME -Cercada por dezenas de ex-ministros, parlamentares e servidores do Palácio do Planalto, a presidenta afastada Dilma Rousseff fez um pronunciamento à imprensa em que classificou o processo contra ela de "impeachment fraudulento".
Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a "maior das brutalidades que pode ser cometida".
Em falas interrompidas por aplausos e gritos de apoio, a presidenta lembrou que foi eleita por 54 milhões de brasileiros e disse que o que está em jogo não é somente o seu mandato.
Após atos e discurso, Dilma seguiu de carro até o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, a poucos quilômetros do Planalto, onde vai permanecer durante o tempo em que deve ficar afastada. (Com a Agência Brasil)

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