Eis as últimas informações sobre a intenção do montanista Rosier Alexandre conseguir seu de chegar ao topo do Everest, última etapa do seu Projeto Sete Cumes. Conforme o último comunicado que recebemos, eis as últimas informações do destemido e obstinado cearense:
“Olá Amigos,
Nossa expedição ao Everest está se aproximando do final. Como vocês bem sabem, esta é a minha terceira expedição ao Everest, porém é a primeira pela Face Norte. As duas primeiras, fiz pela face Sul, no Nepal
Em 2014, nossa expedição foi encerrada com uma avalanche, que matou 16 sherpas. Já em 2015, o problema foi o terremoto que matou mais de 9.000 pessoas no Nepal, incluindo 19 montanhistas e turistas que estavam no campo base da montanha. Na época, eu fiquei preso no campo 2 (a 6.500m) e, somente depois de 3 dias, fui resgatado de helicóptero.
Depois destas duas tragédias, veio a mudança de estratégia. Enquanto na face sul temos muitas gretas e avalanches, na face norte, no Tibete, nós temos outros desafios, a começar pela extrema burocracia chinesa. Para vocês terem uma ideia, as checagens militares chegam a ser 5 por dia, durante a aproximação da montanha. Até no campo base, a 5.150m de altitude, nós temos militares circulando. Outro incomodo: o visto chinês não é anotado no passaporte. Trata-se de uma folha tamanho ofício, que temos que andar com a cópia original em todos os momentos.
Na montanha, temos menos gretas e quase não há avalanches. Em compensação, o frio e o vento são exagerados, e é isso que assusta a muita gente. Enquanto na face sul temos mais conforto com a comida fresca e de excelente qualidade, Internet e resgate de helicóptero, na face norte, a comidinha é bem diferente, não há resgate de helicóptero ou internet, causando um isolamento pleno mesmo. Você assume um risco maior. Exige um planejamento bem melhor.
Nossa previsão é chegar ao cume no dia 17. Porém, as duas tragédias de 2014 e 2015 fez muita gente migrar para a face norte, que este ano chegou a capacidade máxima estabelecida pelo governo: 280 pessoas, entre escaladores, porteadores, cozinheiros e outros prestadores de serviços. Por conta deste grande número de pessoas, a opção é partir ao cume somente no dia 17, para evitar aglomeração e, assim, ter um pouco mais de segurança. Espera vencer o Everest entre 20 e 22 próximos.
Esta programação pode sofrer alguma alteração, se ocorrerem mudanças climáticas bruscas. Mas, creio que vamos executá-la. Logo que possível, voltarei com mais informações.
Com o meu abraço do tamanho do Everest. Rosier Alexandre”
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