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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

CALEIDOSCÓPIO - COMOÇÃO E TRISTEZA / DESCUIDOU-SE, ERROU

COMOÇÃO E TRISTEZA
Manhã cedo da terça-feira, 29, perplexo, ouvi a triste notícia de que caíra já nas proximidades do aeroporto José María Córdova, em Meddelin, na Colômbia, o avião que transportava a delegação de futebol da Chapecoense, o bravo representante do futebol brasileiro que ia disputar a primeira de duas pelejas pela conquista de campeão sul americano contra o Atlético Nacional, da terra colombiana. O noticiário era comovente, atingindo até pessoas pouco sensíveis. Na tragédia morreram 75 pessoas, das quais apenas seis sobreviveram à queda do avião, mas com fortes sequelas, um dos quais logo faleceu tal a extensão dos ferimentos.  Os noticiários minuciosos apresentavam todo o impacto de lamentação ocasionado no mundo todo. O abatimento foi geral, não apenas nos meios futebolísticos e sociais brasileiros, mas em camadas diversas de países de todos os continentes. Afinal, não foi apenas um desastre com aviões, mas uma tragédia que atingira jovens e esperançosos jogadores valentes e surpreendentes que estavam honrando o nosso futebol. A brava equipe de futebol do interior de Santa Catarina era o Brasil. Lamentável, como o destino nos reserva aqui e ali páginas de tanta dor!
DESCUIDOU-SE, ERROU

Esta nossa “última flor de Lácio, desconhecida e obscura...”, aparentemente fácil para comunicação, nos reserva armadilhas sutis como poucas línguas no universo. Se o linguajar do dia a dia é cantante e sem maiores obstáculos, por outro lado a comunicação certinha, escrita ou oral,  não é tão fácil assim. As regras gerais de entendimento e compreensão até que não oferecem caminhos difíceis. O diabo é que, fugindo do geral, é preciso muito “engenho e arte” para não se cometer erros. Até os mais versados no Português, se não estiverem atentos e bem condicionados, cometem gafes tidas como imperdoáveis pelos puristas defensores do idioma pátrio. Qualquer descuido, falta de atenção, é fatal. Da nossa parte, não têm sido poucas as vezes que cometemos pecados no falar e escrever. É verdade, mas não é justificativa, que os noventa e mais janeiros, juntos com a perseguição do “alemão”, em ocasiões diversas nos levam a esquecer de regras e até da grafia correta de vocábulos. Emprego correto dos tempos e modos dos verbos é outro obstáculo.  Quase sempre, para não cair em tantas esparrelas, vou ao “pai dos burros” ou consulto mestres versados que continuam vivos na nossa pequena biblioteca. Nos últimos tempos, faço os testes do Quiz. Nem sempre fico com a nota desejada, principalmente por que não damos muito atenção às perguntas. Agora mesmo, nos porque, porquê e por que da vida, quase fiquei embananado. Ah!, com o “afora” e “a fora” também,  Mas valeu, pois mostrou que não se pode deixar de estar em dia com o idioma do caolho genial,  Camões.

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