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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

QUEIXUMES NO TURISMO

Antonio Jose
Concordamos, é evidente, com opiniões de alguns empresários, quando se referem  ao desenvolvimento das atividades turísticas, em nosso Estado, mormente as de Fortaleza, fazendo críticas construtivas. Nós, também, como jornalista de turismo, falamos, abertamente, sem receio de ferir susceptibilidades de outros empresários do ramo e de gestores públicos, responsáveis pelo desenvolvimento sustentável e solidário do turismo cearense.
Às vezes, é preciso e necessário dar um “puxão-de-orelha”, no “trade” turístico local, incluindo dirigentes públicos, para que seus componentes conduzam melhor o setor, com profissionalismo, inclusive nas menores ações. As palavras podem ferir os ouvidos e a autoestima dos que militam, na área turística, sobretudo daqueles que se julgam estrelas e não gostam de receber críticas, mesmo construtivas.
Urge levar a sério esse segmento econômico e estar atento para o fato de que não se deve  brincar de “fazer turismo” e muito menos bater palmas para os amadoristas do setor. Turismo não aceita improvisações, nem escassez de investimentos, nem “vender algodão por veludo” em sua promoção.
Bem! Estamos cansados de escrever, nos artigos sobre turismo, que, primeiramente, tem-se de investir mais verbas, na divulgação do potencial turístico do Ceará, nos mercados emissores do Sudeste e Sul do Brasil, não se esquecendo, também, de outros Estados nordestinos e da zona Norte. O maior atrativo de um polo turístico é a qualidade de vida de seu povo. Desafiamos alguém afirmar o contrário! Como um Estado pobre, as desigualdades persistem ainda mais quando se enfrenta cinco anos consecutivos de seca.
Agora, indagamos: qual a pessoa que gosta de visitar um polo turístico, onde constata adultos e menores famintos, maltrapilhos, pedindo esmolas, nos restaurantes, nas praias, nos semáforos e se drogando à frente dos transeuntes e, às vezes, furtando seus pertences? Que ser humano deseja visitar uma localidade, onde a miséria e a violência se encontram à vista de todos? E que dizer da exploração sexual de menores? Só se for uma pessoa masoquista mesmo!
Ah! Muito já foi feito pelo engrandecimento do turismo alencarino, tanto pela iniciativa privada, quanto pela pública. Na Bahia, respira-se turismo as 24 horas do dia. Aqui, um terço, quem sabe, desse tempo. Isso para significar que estamos caminhando, porém ainda longe de atingirmos o ideal, em matéria de exploração racional do potencial turístico do Ceará.
O governador Camilo Santana e o prefeito reeleito, Roberto Cláudio,  – temos certeza – acreditam na força do turismo e investirão, maciçamente, em sua promoção e infraestrutura de suporte a esse segmento.
Pois é, minha gente! Vamos em frente! Profissionalismo e Ética, acima de tudo, quando se pensar grande em prol do desenvolvimento sustentável e solidário do turismo cearense. Por último, lembremo-nos de que o Ceará necessita gerar mais empregos e renda e, é claro, distribuí-la, de forma mais justa, para reduzir a  sua concentração e seu povo desfrutar melhores condições de vida.
Antonio José de Oliveira

Presidente da Abrajet-Ceará

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