Antonio Jose |
Concordamos, é evidente, com opiniões de alguns
empresários, quando se referem ao
desenvolvimento das atividades turísticas, em nosso Estado, mormente as de
Fortaleza, fazendo críticas construtivas. Nós, também, como jornalista de
turismo, falamos, abertamente, sem receio de ferir susceptibilidades de outros
empresários do ramo e de gestores públicos, responsáveis pelo desenvolvimento
sustentável e solidário do turismo cearense.
Às vezes, é preciso e necessário dar um
“puxão-de-orelha”, no “trade” turístico local, incluindo dirigentes públicos,
para que seus componentes conduzam melhor o setor, com profissionalismo,
inclusive nas menores ações. As palavras podem ferir os ouvidos e a autoestima
dos que militam, na área turística, sobretudo daqueles que se julgam estrelas e
não gostam de receber críticas, mesmo construtivas.
Urge levar a sério esse segmento econômico e estar
atento para o fato de que não se deve
brincar de “fazer turismo” e muito menos bater palmas para os
amadoristas do setor. Turismo não aceita improvisações, nem escassez de
investimentos, nem “vender algodão por veludo” em sua promoção.
Bem! Estamos cansados de escrever, nos artigos
sobre turismo, que, primeiramente, tem-se de investir mais verbas, na
divulgação do potencial turístico do Ceará, nos mercados emissores do Sudeste e
Sul do Brasil, não se esquecendo, também, de outros Estados nordestinos e da
zona Norte. O maior atrativo de um polo turístico é a qualidade de vida de seu
povo. Desafiamos alguém afirmar o contrário! Como um Estado pobre, as
desigualdades persistem ainda mais quando se enfrenta cinco anos consecutivos
de seca.
Agora, indagamos: qual a pessoa que gosta de
visitar um polo turístico, onde constata adultos e menores famintos,
maltrapilhos, pedindo esmolas, nos restaurantes, nas praias, nos semáforos e se
drogando à frente dos transeuntes e, às vezes, furtando seus pertences? Que ser
humano deseja visitar uma localidade, onde a miséria e a violência se encontram
à vista de todos? E que dizer da exploração sexual de menores? Só se for uma
pessoa masoquista mesmo!
Ah! Muito já foi feito pelo engrandecimento do
turismo alencarino, tanto pela iniciativa privada, quanto pela pública. Na
Bahia, respira-se turismo as 24 horas do dia. Aqui, um terço, quem sabe, desse
tempo. Isso para significar que estamos caminhando, porém ainda longe de atingirmos
o ideal, em matéria de exploração racional do potencial turístico do Ceará.
O governador Camilo Santana e o prefeito reeleito,
Roberto Cláudio, – temos certeza –
acreditam na força do turismo e investirão, maciçamente, em sua promoção e
infraestrutura de suporte a esse segmento.
Pois é, minha gente! Vamos em frente!
Profissionalismo e Ética, acima de tudo, quando se pensar grande em prol do
desenvolvimento sustentável e solidário do turismo cearense. Por último,
lembremo-nos de que o Ceará necessita gerar mais empregos e renda e, é claro,
distribuí-la, de forma mais justa, para reduzir a sua concentração e seu povo desfrutar
melhores condições de vida.
Antonio José de Oliveira
Presidente da Abrajet-Ceará
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