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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A MAGIA DE DEZEMBRO E A REALIDADE DE JANEIRO

A estória se repete todos os anos, no Brasil e acho que em todo o mundo. O último mês do ano do calendário Gregoriano nos modifica, leva-nos a pensamentos positivos, acho que pela comemoração da data que se convencionou ser o nascimento de Jesus: 25 -o Natal. Também, pela chegada do final do ano, na esperança de que seja de bonanças, muito melhor do que está a expirar. A magia de dezembro contagia, nos enche de esperanças de boas novas, de um mundo melhor, mais solidário. O mês recém passado nos fez esquecer, momentaneamente, é certo, que estamos vivendo instantes de uma recessão terrível, de a economia e as finanças do país estarem abaladas fortemente por administrações temerárias, por falcatruas de dimensões dinossáuricas, por desastradas posições dos Três Poderes da Nação, enfim pelo descrédito do nosso homem público. A amnésia instantânea, sem dúvida um paliativo para todos os males que estamos vivendo, nos levou às compras de presentes ou bens de utilidade, mesmo pequenas. Tornou-nos mais humanos nos abraços e nas confraternizações, nos desejos de um mundo melhor, menos agressivo. Um milagre divino. Passado o Reveillon, porém, a realidade crua e nua. Voltamos ao pesadelo das dificuldades. O custo de vida nas alturas e subindo cada vez mais graças ao aumento dos impostos por parte dos governos federal, estadual e municipal. O desemprego de cerca de doze milhões de trabalhadores levando à instabilidade das famílias, principalmente das mais pobres. Que fazer para comprar os livros dos filhos, pagar o IPTU, o IPVA e o Imposto de Renda? E vem mais arrocho e desemprego, pois quase todos novos prefeitos dos municípios que tomaram posse “prometeram” uma administração austera para equilibrar as finanças. Dizem que vão eliminar gastos da máquina pública para equilibrar o cofre, inclusive com cortes de vários milhares de cargos comissionados e de empregados terceirizados. Uma medida sensata se bem aplicada, mas que vai aumentar o número dos aflitos. Uma zorra também será a reforma da Previdência, providência necessária, mas não na forma de antolhos anunciadas até agora pelo Ministro da Fazenda. Os brasileiros não podem nem devem pagar pelos erros impostos à previdência pública durante anos. Um acerto há de ser feito, mas não na dose em que está sendo divulgada, veneno letal para os nossos futuros “pé na cova”. Um fato não bate. Este sonho de austeridade para equilibrar as finanças só acontecerá no Poder Executivo?  E o Senado, a Câmara e o Judiciário também não participarão desta dosagem de austeridade? Continuarão seus membros gozando de regalias tão desconcertantes. Há justificativas plausíveis para persistirem as excessivas mordomias que têm?  Há justiça em o povão pagar com impostos excessivos moradias, automóveis, motoristas e outros privilégios para deputados, juízes e outras felizes autoridades que ganham muito bem nos cargos que exercem? Assim posto, se é hora de apertar o cinto que se aperte, mas nenhum “bonitinho” deve ficar de fora. O povo não perdoa. Para entornar mais ainda o caldo, mostra-se  mais contundente a questão dos presídios brasileiros, se é que se pode chamar de presídio os “campos de concentração” que existem em todo o Brasil. Os indescritíveis morticínios que aconteceram ultimamente no Norte, Amazonas e Roraima, são apenas uma amostra de como o Governo trata os fora da lei em todo o País, misturando em cubículos comuns criminosos de alta periculosidade com outros que cometeram pequenos delitos. É, como diz o dito popular, estamos como cego em meio ao tiroteio...

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