Antonio Jose de Oliveira Presidente da Abrajet CE |
As férias escolares e as de muitos trabalhadores, neste início de 2017, não terminaram ainda. Pela expressiva presença de cearenses e de turistas, ao longo do litoral, é de fundamental importância a permanência de salva-vidas, a partir das 7 horas da manhã, nas diversas praias alencarinas, sobretudo na capital.
É preciso reconhecer e valorizar esses profissionais, responsáveis, com certeza, pela redução do número de afogados, nos bravios mares alencarinos, por causa da imprudência de alguns banhistas, que, sem resistência física, ou por não saberem nadar e, às vezes, por terem ingerido bebidas alcoólicas, afoitam-se nas águas dos mares, rios, lagoas e açudes.
É de estarrecer o número de afogamentos, em Fortaleza, e na região metropolitana. Há um velho ditado popular que afirma: “Com muita água e fogo, não se deve brincar” (facilitar). Isso serve, pois, de advertência a quantos se encontram dispostos a mergulhar em águas profundas ou onduladas.
No início deste comentário, escrevemos ser de fundamental importância a presença dos salva-vidas (o termo guarda-vidas não o julgamos apropriado, visto o profissional a socorrer pessoas, que estão afogando-se, estar tentando salvar vidas e não guardar vidas). Não sabemos o porquê de se mudar a nomenclatura dos profissionais, encarregados de salvar banhistas, nas praias, lagoas, rios, açudes etc., denominando-os, agora, de guarda-vidas.
É interessante que o Corpo de Bombeiros forme parcerias com prefeituras interioranas, mediante a disponibilidade do potencial técnico em troca de material humano. A corporação, atualmente, conta com mais de 60 homens na função de – repetimos – salva-vidas e não guarda-vidas, distribuídos pelas praias mais frequentadas de Fortaleza.
Ainda sobre o assunto, temos a acrescentar que a presença de salva-vidas, na orla marítima de Fortaleza, foi assunto de debates, por parte da extinta Comissão de Turismo da Facic (Federação das Associações do Comércio, Indústria e Agropecuária do Ceará), quando de suas reuniões quinzenais, na administração Raimundo Viana, da qual fazíamos parte como presidente da Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo (Abrajet-Ceará). Hoje, citada comissão, há muitos anos, não mais funciona.
Levando-se a sério, na época, o problema, foi elaborado um projeto, que especificava o modelo ideal das torres de vigilância, a distância entre elas (500 metros), o número de salva-vidas, em cada torre, material de construção e os instrumentos a ser usados por esses profissionais, no caso policiais do Corpo de Bombeiros e funcionários da Prefeitura de Fortaleza, treinados para esse mister.
Vale a pena relembrar que constava do projeto, também, o modelo de roupas apropriadas, binóculos, nadadeiras, boias de advertência, rádios para comunicação, de uma torre para outra, incluindo até jet-ski, sem falar do trabalho de surfistas, auxiliando-os na retirada de algum banhista prestes a se afogar.
Mas, tudo não passou de um desejo dos membros da Comissão de Turismo da Facic. Ainda não sabemos a razão de a Prefeitura, naquele tempo, ter abortado um projeto, que, se executado, traria mais tranquilidade para quantos fossem desfrutar suas horas de lazer à beira-mar, principalmente acompanhados de filhos, sobrinhos e netos, menores de idade. Lembramo-nos até de duas barracas – se não nos falha a memória - localizadas na Praia do Futuro, a Itapariká e a Subindo ao Céu, que se comprometeram a bancar a construção das torres de vigilância e a compra dos equipamentos supracitados.
Passados alguns anos, temos certeza de que, ainda, vale a pena, a Secretaria de Turismo do Estado(Setur) e o órgão oficial de turismo da Prefeitura de Fortaleza (Setfor), em parceria com a iniciativa privada, construírem mais torres de vigilância, em toda a orla marítima de Fortaleza, e colocar pessoal treinado e equipado.
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