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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

RECADO NA ALTA-ESTAÇÃO


Aconteceu o que afirmamos, no artigo anterior, quando chamávamos a atenção dos que trabalham em atividades turísticas, no Estado do Ceará, mormente em sua capital – Fortaleza – para não explorar os turistas e nativos. Dois exemplos bastam: primeiro, o caso de um casal que, ao pedir um prato de camarão, cobraram-lhe mais de R$ 13,00 reais por dois tomates, que faziam parte da refeição; o segundo, uma peça artesanal (toalha de mesa bordada), com preço acima do normal, ou seja, bem diferente do período da alta-estação. Mais uma exploração: um coco-verde por R$ 4,00 Assim, não dá!
Isso posto, acreditamos, piamente, que muitos visitantes tenham sido, até a presente data, explorados, descaradamente, por alguns comerciantes inescrupulosos (ainda bem que existem os conscientes), pois meter as mãos, nos bolsos dos turistas, é uma coisa normalíssima, vez que trazem dinheiro, em profusão, e podem pagar por produtos e serviços o que lhes for cobrado. Que mentalidade tacanha essa!
Bem! Outro vexame foi o caos, em Fortaleza, no dia 3 de janeiro, por sinal data do nosso aniversário, quando a população e turistas sentiram-se num clima de insegurança e desprotegidos com a greve de policiais militares. A cidade parou com medo dos assaltantes, tirando, assim, a tranquilidade dos que trabalhavam e dos que se divertiam. Fato dessa natureza jamais ocorrera na “Terra de Iracema”.
Mas, Fortaleza continua recebendo visitantes e isso é salutar para os cofres estaduais e para o comércio, a indústria, a agricultura e os serviços. Precisamos do dinheiro dos turistas, que, ao virem às nossas plagas, motivados pela publicidade dos atrativos turísticos, gastam suas economias, comprando produtos do nosso criativo e variado artesanato, divertindo-se nos ambientes públicos e, afinal, conhecendo um pouco da nossa cultura e divulgando-a com familiares e amigos, quando do retorno às terras de origem.
Conversamos com alguns visitantes. Elogiaram o que viram e participaram, porém fizeram uma advertência: a cidade de Fortaleza e alguns pólos turísticos do interior necessitam de maiores cuidados em suas ruas, avenidas, praças e monumentos históricos, sem falar da sujeira e buraqueira, inclusive nos corredores turísticos. Assim, deram seu recado, mas, apesar dos pesares, prometeram regressar e desfrutar do que o Estado, principalmente sua capital, tem de bonito, agradável e útil.
Fica, aqui, registrado mais um apelo: cuidemos dos atrativos turísticos naturais e artificiais; da malha viária; da melhoria nos transportes (táxis, ônibus e topiques); e saibamos arrumar a casa para a próxima alta-estação, embora estejamos, ainda, vivenciando-a. Tudo, minha gente, pelo desenvolvimento sustentável do TURISMO CEARENSE!
Antonio Jose de Oliveira -Diretor-Secretário da Abrajet-Ceará

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