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quinta-feira, 26 de julho de 2012

CALEIDOSCÓPIO - MOBILIDADE PÓS COPA DO MUNDO

MOBILIDADE PÓS COPA DO MUNDO
Não se tem dúvida de que as doze cidades que serão sede dos jogos da Copa do Mundo em 2014 estarão um pouco diferentes a partir da grande competição de futebol. Seguindo um ritual que a FIFA impõe ao país que vai ser sede de jogos, há assinatura de protocolo em que estas cidades se comprometem a fazer um bom número de obras não apenas nas arenas dos jogos e seu entorno mas também na infraestrutura de um modo geral. Uma das exigências principais diz respeito à mobilidade urbana. Pois bem. Fortaleza, no que diz respeito à arena dos jogos, é exemplo positivo. As obras do Castelão são as mais avançadas do Brasil, já estando o estádio “um brinco” em dezembro do corrente ano. Mas não se pode esconder que as demais prometidas no tal Protocolo de Intenções estão atrasadas, algumas até já descartadas. Em relação à mobilidade urbana, a que mais interessa à cidade, principalmente no pós Copa, as obras pensadas não ganharam o ritmo desejado, algumas iniciadas e outras ainda estão em fase de licitação, como é o caso da ampliação das avenidas Raul Barbosa, Dedé Brasil, Paulino Rocha, e Via Expressa. Para agosto que está chegando aguarda-se o início de todas elas, se não houver claro, problemas na licitação. Todas estas obras são de máxima importância para que não haja maiores problemas durante os jogos de 2014, já que não se espera o mesmo para a Copa das Confederações, em julho do próximo ano. Acrescente-se que a conclusão das obras citadas será muito importante apenas para quem vai à Arena Castelão ou praquelas bandas. E o restante da cidade? Ficaremos mesmo a continuar sofrendo com os engarrafamentos do dia a dia, agravado com a chegada mensal de mais de cinco mil veículos novos? Não se pensa num planejamento prá valer a fim de dar um encaminhamento à solução de tão grave problema para a população? Ou se vai continuar no faz de conta, “tapando o sol com a peneira”? Já que se perdeu tempos preciosos em não alargar, pelo menos, a avenida Pontes Vieira e as ruas Padre Valdivino e Costa Barros, de capital importância para fluidez do trânsito, pelo menos que se siga o exemplo do que se faz em Londres, agora centro das Olimpíadas que começam amanhã. Lá, como têm mostrado os nossos correspondentes, a vida da população é facilitada com a oferta de vias de ônibus confortáveis, exclusivas e a preço acessível. Pouco metrô, cara construção. Apenas ruas e avenidas com bom piso, bem sinalizadas e com faixas exclusivas para a circulação de veículos, inclusive respeitando a saudável moda de se andar de bicicleta. É bom lembrar que, em entrevistas e artigos, “experts” e arquitetos têm mostrado os caminhos para que a população viva sem os atropelos de hoje no sagrado direito de ir e vir na faina diária. Que o candidato eleito para gerir Fortaleza a partir de 2013 pense mais na cidade, na vida da população e menos na politicalha, é o que esperamos.

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