DEVER CÍVICO
No próximo domingo, 7, os brasileiros de todos os município precisam de ir às urnas para escolher seus prefeitos e vereadores. É um dever cívico que nenhum cidadão habilitado para tal não pode deixar de obedecer, mesmo os “coroas”, como nós, há muito já dispensados. Momento único para influir decisivamente quais os melhores, mais probos, trabalhadores e capazes de realizar o que é necessário para os municípios e para a população. Portanto, a premissa é que o votante seja honesto para consigo e para com as pessoas que vivem em seu meio. Para não se arrepender depois, o caminho é o voto consciente. Só por amizade, sem que o amigo seja atingido de qualquer forma pela regra da ficha limpa, é um tiro no pé que só ficará sarado após quatro anos. O ideal, bastante difícil, seria que todo o eleitor fosse realmente letrado e consciente do que é imprescindível para o bem estar de todos. Voto de cabresto, nem pensar. Nem pensar também em se deixar influenciar pelos profissionais da política, os chamados grandes líderes, carismáticos ou não, de ideologias da direita, do centro ou da esquerda, muitos deles de vida contestada. Os favores que fizeram, quase sempre demagógicos, o fizeram com o nosso dinheiro, com os escorchantes impostos que pagamos. Não são favores e sim obrigação de quem está representando ou administrando. Certamente, estão incluídos no rol grande parte dos chamados “cabos eleitorais” e “líderes comunitários”, vivaldinos que fingem trabalhar pelo povo, por quem precisa e não tem noção de como resolver dificuldades, por mais simples que sejam. São expertos e normalmente financiados por outros políticos também vivaldinos. Como apregoava um dito antigo: quem anda pela cabeça dos outros é piolho. Portanto, olho vivo, e não passar por piolho. Portanto, vamos às urnas e votar com consciência, sem esta de ser agradecido ou orientado por demagogos e falsos mensageiros.
JULGAMENTO FINAL
Ontem, o Supremo Tribunal Federal, através do Ministro Joaquim Barbosa, Relator, começou a analisar para julgar a parte mais difícil do chamado Mensalão, processo de mais de quatro mil páginas e que envolve políticos, bancos, deputados e pessoas que giravam em torno do Governo Federal, ainda na década passada. As acusações nesta parte final são sobre o núcleo político da cúpula governista, aparecendo como mais importante o então Ministro José Dirceu. Até agora, ao apreciar as acusações sobre os partidos aliados ao governo entre 2003 e 2004, o STF derrubou a tese de que o dinheiro distribuído era apenas fruto de caixa 2. Não se pode negar que este Mensalão é um processo difícil e dolorido de ser julgado. Tarefa delicada para cada um dos juízes, grande parte deles levados à Corte Maior pelos presidentes do Executivo deste e do anterior mandato, atingidos pelo processo. O que se aguarda, finalmente, é que eles se comportem como magistrados isentos. Nem acusar implacavelmente sem fundamento, tampouco isentar sem o real convencimento do que está nos autos. O povo brasileiro, afinal, espera um julgamento justo para todos os réus. Depois, é certo, também fará seu julgamento sobre o comportamento de cada um dos ministros.
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