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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CALEIDOSCÓPIO - POR QUE?


POR QUE?
Estamos na parte final do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal do chamado Mensalão, uma série de trapalhadas praticadas por gente importante que roda os poderes  Executivo, Legislativo, bancos, empresa de publicidade e por aí vai. Até agora, após reuniões prolongadas, em que não faltaram trocas de farpas entre alguns ministros, o rumoroso processo, nas etapas mais importantes,  já foi decidido, com a condenação de figuras importantes, como o ex-ministro da Casa Civil da Presidência da República, José Dirceu, os deputados João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal,  e Waldemar da Cosa Neto, além de  outros que faziam parte tramoia.  O PT, partido da Presidente Dilma, sofreu rude golpe, uma vez que uma das maiores referências da sigla, afora outros menos nomeados,  foi condenada implacavelmente. Sinceramente, não se esperava desfecho tão arrasador. Dos onze  julgadores do STF, depois dez  e finalmente nove, a maioria fora nomeada pelos presidente Lula e Dilma Roussef. Portanto...  Mas não foi assim. O Ministro Joaquim Barbosa, indicado por Lula, esteve implacável na sua análise,  minuciosa e sobretudo técnica, abrindo o caminho da condenação da quase totalidade dos réus. Certo que, também indicados pelos dois últimos presidentes da República,   os ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, quase sempre divergiram do Relator, daí as escaramuças até pesadas que aconteceram. Sem dúvida, de modo geral,  os ministros não votaram pelo coração e sim pelo que estava contido no volumoso processo. Não deixa de sido sofrido o voto de grande parte  dos  togados. . Mas não havia jeito.  Como juízes o voto deveria ser  partido do convencimento e da  consciência e não da gratidão. Diante do fato, vem a nossa indagação. Por que  a Constituição delega   ao presidente da República o direito da nomeação  dos ministros do STF? Os poderes não são INDEPENDENTES se bem que HARMÔNICOS entre  si?  É plausível a razão dos   senadores e deputados que participaram da Constituição Cidadã?  Por que não atribuíram aos colegiados do Judiciário tal missão?  Sei lá, os juristas constituintes devem ter tido suas fortes motivos...
POR QUE?
Nós é que, leigo que somos,  não entendemos muito da hermenêutica das leis e dos costumes que vigem no País. Também, nossa cultura fica abaixo da canela. Talvez por isso muita cousa achamos fora de propósito. Entre tantas, estas de as eleições serem de dois em dois anos, alternando as que escolhem para um mandato de quatro anos o presidente da República,  de quatro ou oito os senadores e de quatro os deputados; e as que elegem prefeitos e vereadores. Não será isto um desperdício de tempo e dinheiro? Para não mais aborrecer, só mais uma perguntinha. Quais os motivos que levam os nossos ditos representantes do povo a fugirem da sonhada Reforma Política, proposição que tramita no Congresso há anos sem conta? Como profissionais da política (lá vai,  e é profissão representar o povo), certamente à  grande maioria dos deputados e senadores não interessa modificar o “status quo”. É um vidão usufruir das mordomias que possuem. Cif, viagens de avião daqui prá lá, de lá prática. Por conta da Viúva,  moradia, despesas com Correios, sei lá quantos salários e uma série de outras benesses que o pobre mortal do trabalhador comum, aquele que não é atrelado às duas Casas do Congresso, nem sonhando tem. E pensar que o dinheiro par tanto  não é propriamente da Viúva, mas de todos nós trabalhadores que pagamos os impostos mais caros do mundo! Que fazer se até agora nenhum governo se empenhou  firmemente em  tirar a grande massa da ignorância, do analfabetismo da inércia de ser de fato cidadão. Interessa é que o povo seja assim mesmo, para que, na escolha dos seus dirigentes e representantes, os vivaldinos continuem na vida boa que Deus lhe deu. O País que se lixe.

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