O vice-governador do Pará, Helenilson Pontes, e o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) estiveram nesta segunda-feira (8) em São Paulo, onde participaram de reuniões com executivos de grandes companhias aéreas (foto), solicitando que Belém volte a operar voos internacionais diretos, ou seja, com partida e chegada a Belém, sem escalas.
Um deles seria a ligação direta com os Estados Unidos, via Miami. Atualmente, apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Manaus fazem esse voo. Segundo o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, o que define a atratividade para a empresa ao iniciar uma nova linha é a capacidade de alto fluxo de transporte, não só de passageiros, mas também de cargas. Atualmente, a TAM estima que cerca de 35% em média dos passageiros do voo Manaus-Miami sejam originados de Belém, mas a capital do Amazonas importa e exporta volume grande de cargas.
A partir disso, foi proposta a sugestão que se faça uma inversão, colocando o voo nascendo em Manaus, passando por Belém e, então, de forma direta, seguindo para Miami. O mesmo se daria na volta, percorrendo Miami, Belém e Manaus. "Essa é uma possibilidade, já que não prejudicaria o fluxo de cargas e poderia gerar mais facilidade e conforto aos passageiros de outras regiões que hoje tem de se deslocar para Manaus, dando a possibilidade do voo direto já a partir de Belém", disse Flexa Ribeiro.
Helenilson Pontes destacou que o governo do Estado está disposto a atrair linhas aéreas internacionais, como forma de induzir o turismo e aumentar o mercado interno de voos também na região. "Quando promovemos o Pará em feiras e congressos internacionais, uma das dificuldades que sentimos é a ausência de voos diretos para Belém. A partir disso, podemos ter ganhos não só com turismo internacional, mas também local, uma vez que moradores de Macapá, São Luís, Teresina e outros Estados próximos iriam até Belém para tomar o destino final internacional”, analisou. “Aumentando o fluxo de passageiros internos a Belém, podemos ter redução do preço da passagem no voo doméstico para a capital paraense, por conta do aumento de demanda, atraindo assim mais turistas e investimentos", continuou Helenilson Pontes. A vice-presidente da companhia, Claudia Sender, elogiou a proposta e a iniciativa e pediu prazo de uma semana para analisar os custos operacionais e apontar possibilidades de operação dos voos.
Outra audiência de Flexa Ribeiro e Helenilson Pontes foi com o diretor geral da TAP na América do Sul, Mário Carvalho. A ideia é que seja estabelecida uma linha aérea direta entre Belém e Lisboa, colocando o Pará na rota com a Europa. O executivo informou que está nos planos da empresa expandir-se para a região Norte, uma vez que a TAP opera 74 voos para Portugal em nove capitais brasileiras, exceto apenas a região Norte.
"Belém e Manaus estão nos nossos planos, mas é preciso um estudo mais detalhado. Isso só poderá ocorrer quando tivermos uma expansão da companhia e aumento da nossa frota, mas é importante esse contato governamental para que tenhamos um diálogo no sentido de ajudar a promover o Estado nos eventos turísticos”, afirmou o executivo.
(Cintya Simões - Vice-Governadoria)
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