PLACAS DE ADVERTÊNCIA

Antonio José de Oliveira
Vice-presidente da Abrajet CE

Época de férias. Muita gente nas praias, sobretudo crianças e adolescentes. E, então, vai a pergunta: por que não colocar-se placas de advertência, alertando os banhistas sobre os perigos que as ondas revoltas da Praia do Futuro, quando a maré está alta, podem causar aos desatentos, quando mergulham nas águas tépidas de nossos mares?

Estamos cansados de ouvir e ler notícias a respeito de afogamentos, durante as férias, pois o fluxo de frequentadores aumenta, inclusive de crianças e jovens desta cidade e de outros Estados brasileiros e do exterior. A desculpa é que as advertências podem afastar o público, que para lá acorre, visto as pessoas não desejarem desfrutar as horas de lazer numa praia perigosa.

Quanta bobagem! Não é melhor prevenir as pessoas dos perigos do que as perceber correndo risco de morte? Não acreditamos com declarações de quem quer que seja, posicionando-se contra qualquer tipo de aviso aos banhistas. Melhor estar atento para o antigo ditado: “Melhor prevenir do que remediar”.

Meu Deus! Em outras localidades praianas, mormente as mais frequentadas, as autoridades governamentais fazem questão de dar explicações aos banhistas, sinalizando-as a fim de que se possa evitar acidentes fatais por afogamento ou atropelamento veicular. Em Fortaleza, não se deve coibir o uso de placas de advertência nas praias, inclusive em praias afastadas da capital. 

Somos a favor de que os órgãos oficiais de turismo do Ceará coloquem salvas-vidas, nas praias e placas indicativas de perigo, pois receberão o aprovo da população, que se sente, assim, protegida, quando mergulhar nas águas tépidas de nossos mares bravios, para aliviar o calor do sol causticante. Livrar alguém de iminentes perigos é obrigação de todos nós, porém, em ambientes públicos, é da responsabilidade dos governantes.

Somos favoráveis, também, de que os barraqueiros devem patrocinar a construção de torres de observação, na orla marítima cearense, proporcionando, assim, mais segurança aos banhistas e aos frequentadores de seus pontos comerciais. Garanto-lhes que pais de família levam seus filhos e familiares para uma barraca, cuja praia é bem sinalizada, do que para outras, em que não há salva-vidas ou placas de advertência, no tocante a ondas traiçoeiras e a buracos debaixo d'água. Que as secretarias estadual e municipal de turismo coloquem mais salva-vidas e placas de advertência, na orla cearense, iniciativas necessárias e elogiáveis pela população local e pelos turistas.

E fica, aqui, mais um apelo: que o policiamento, inclusive com a presença de salva-vidas, nas praias, seja iniciado, das 7h30 horas até 17 horas, todos os dias. E atenção, autoridades do nosso Estado: segurança, por incrível que pareça, tornou-se atrativo turístico. Afinal, ninguém vai passar férias, ou fazer negócios em cidades, em que a violência é uma constante, no dia a dia, e ninguém se sente seguro.