Com sobradas razões, não só nós como o restante do mundo sabe da inconstância de os poderes públicos do Brasil não cumprirem promessas e metas anunciadas sempre com estardalhaços. Exemplos não faltam. A transposição das águas do Rio São Francisco e a construção da refinaria da Petrobras no Pecém, no Ceará, são provas irrefutáveis. Prazos e prazos foram marcados. Presidentes da República e autoridades menores têm sido pródigos nas promessas e, de concreto, só esperanças. Daí não ser de estranhar o que vem acontecendo com as obras prometidas para a Copa do Mundo, marcadas para começar no dia 12 de junho próximo. Muito dinheiro já está enterrado e, nas doze cidades-sedes dos jogos, a maior parte do que foi acordado no tal Protocolo de intenções ainda se arrasta, principalmente no que se refere a mobilidade urbana e aeroportos. Fortaleza é um exemplo irrefutável. A Arena Castelão, onde seis jogos serão realizados, foi a primeira e única obra até agora concluída, diga-se exemplarmente terminada. As de mobilidade urbana do seu entorno ainda não foram terminadas totalmente, sendo que, segundo prometem, serão entregues antes do início da Copa. Sonho distante é o caminho para VLT passar a transportar passageiros. Indefinição persiste sobre o demais prometido, não apenas em relação à mobilidade urbana mas, principalmente, na apresentação de uma cidade mais bonita e saudável. Quanto ao Aeroporto Internacional Pinto Martins, já é certo, vamos passar muitos vexames. O que foi há muito planejado para o nosso terminal de passageiros continua indefinido. Boa parte seria entregue antes dos jogos, atendendo a demanda prevista. Mas não foi, nem será. O arremedo para não se passar por enorme vexame foi a construção de uma estrutura temporária ao custo de R$ 1,7 milhão e que está na fase final de construção, por conta da demora na ampliação do terminal. Assim, o Aeroporto de Fortaleza será o único com estrutura provisória entre as cidades-sede da Copa do Mundo. O chamado “Puxadinho” pode até “quebrar o galho”, mas que vai depor contra a nossa cidade, isto vai. Dinheiro nosso gasto para três meses, talvez, de funcionamento. Os “homens” optaram pelo “Puxadinho” e desprezaram o antigo aeroporto, ali em frente do atual, que talvez até com menos dinheiro seria uma opção para outros momentos. E assim caminhamos. Eita Brasil velho de guerra...
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