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quinta-feira, 8 de maio de 2014

XXXI CONGRESSO NACIONAL DOS JORNALISTAS DE TURISMO

Antonio José de Oliveira
A cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, é sede, no período de 15 a 18 de maior de 2014, do XXXI Congresso Nacional de Jornalistas de Turismo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – Abrajet-Nacional - com apoio e participação das Abrajets de quase todos os Estados da Federação, se não me falha a memória 23 Estados. A Abrajet-Paraíba, presidida pelo competente jornalista Rogério Almeida, é responsável pelo grande congresso, sem falar da contribuição do presidente da Abrajet-Nacional, jornalista dos bons, Hélcio Estrella. Parabéns, pois, aos colegas supracitados e a todos os abrajetianos paraibanos.
O evento, coordenado pelo presidente da Abrajet-Nacional, jornalista Hélcio Estrella, é um momento ímpar, para serem discutidos assuntos do turismo nacional e as atividades, desenvolvidas pelas Abrajets em seus respectivos Estados. Da Abrajet-Ceará, comparecem os jornalistas José Rangel (presidente); Antonio José de Oliveira (Vice-presidente); José Carlos de Araújo (da diretoria a Abrajet-Ceará e da Nacional) e Fenelon Gonçalves (Diretor-Secretário).
Bem! Saindo do registro do nosso congresso,  satisfaz-nos dizer que temos, ao longo dos anos, um ponto de vista a respeito do papel do jornalista de turismo, quer na área das organizações públicas, quer na da iniciativa privada. É que julgamos não dever o jornalista de turismo fazer, apenas, reportagens, notícias, narrando somente o lado positivo dos atrativos turísticos e serviços, de determinada localidade, e, sim, ser também um crítico, quando for necessário, em defesa de um turismo saudável, racional e não predador da cultura do polo receptor, da infraestrutura física de suporte ao setor e do meio ambiente.
É claro que o contato, quase diário, do jornalista de turismo, com empresários desse segmento econômico, ou mesmo com autoridades governamentais, das esferas federal, estadual e municipal, pode levá-lo a não fazer críticas. Isso, quando percebe que algo não é o correto, com vistas ao desenvolvimento sustentável do turismo, em determinado Estado, município e para o Brasil, para não desagradar e não parecer chato. Não aprovamos o comportamento dos jornalistas que deixam as águas rolarem. 
Lembramos, aqui, que o jornalista (não importa a sua área de atuação) deve ter sempre o olho crítico sobre fatos, que se transformam em notícias, reportagens, entrevistas etc. Agora, tem um porém: criticar por criticar não é recomendável ao jornalista profissional. Esse comportamento é para picaretas, ou seja, jornalista que critica alguém ou alguma coisa, quando sente os interesses particulares prejudicados. Esse tipo de gente deve buscar a sobrevivência em outras atividades, menos no Jornalismo. 
Afirmamos, ainda, que, às vezes, assuntos turísticos, merecedores de abordagens e discutidos, de forma crítica, passam ao largo, por parte de alguns veículos de comunicação de massa (impressos e eletrônicos), para não perderem verbas publicitárias e os jornalistas de turismo para não arranharem a amizade com suas fontes de informação.
Deixamos bem claro, é evidente, não estarmos generalizando. Há os (as) jornalistas de turismo que acreditam e defendem o pensamento do fundador da Escola Superior de Jornalismo, no mundo, (Comunicação Social), de nível superior, John Politzer, afirmando que a imprensa não foi criada, apenas, para adocicar a realidade. Parafraseando Pulitzer, dizemos que jornalista de turismo não existe, apenas, para fazer somente reportagens de atrativos da natureza ou criados pela mão humana. 
Vale registrar, aqui, que o jornalista, independentemente de ser especializado em assuntos econômicos, políticos, religiosos, turísticos etc., tem a obrigação de ser ético, transparente e profissional em todas as suas ações. Isso, em termos de profissão e relacionamento humano. 
Ah! Jornalista jamais deve ser arrogante, “dono-da-verdade”, metido a sabichão (em todos os assuntos), e mal-educado. Triste daquele (a) que usa a profissão de Jornalista, para projetar-se econômica e socialmente e - o pior – atropelando quem estiver à sua frente, apelando sempre para a detestável “Lei de Gerson”, isto é, levar vantagem em tudo.
Ah! O encontro nacional de abrajeteanos – a nosso ver - precisa debater o comportamento da categoria, frente aos novos desafios, de um mundo globalizado, em que deixa transparecer ser o importante, no universo, exclusivamente, o lucro pelo lucro, não interessando a existência de pessoas miseráveis, morrendo de fome e de doenças graves, ou haja, diariamente, a degradação do meio ambiente. Como exemplos, citem-se o desmatamento da floresta amazônica, a poluição generalizada dos recursos hídricos e outras aberrações contra a mãe-natureza e a humanidade. A corrupção desenfreada, em todos os Poderes Públicos, nas esferas federal, estadual e municipal deve ser combatida pelos jornalistas com acesso diários aos veículos de comunicação de massa e à mídia eletrônica. 
Antonio José de Oliveira
Vice-presidente da Abrajet-Ceará

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