O navio a vapor Benjamim Guimarães foi construído em 1913 nos Estados Unidos e, depois, restaurado pela companhia de Navegação do São Francisco – FRANAVE. Até chegar a Pirapora, navegou pelo rio Missisipi e, posteriormente, em rios da Bacia da Amazônica.
Patrimônio histórico e referencia da navegação no rio São Francisco, o Benjamim Guimarães foi utilizado no transporte de cargas e passageiros no trecho Pirapora, Juazeiro, no Norte da Bahia, chegando a transportar tropas do exército durante a segunda guerra mundial. É o último exemplar movido a lenha em atividade, do mundo.
O atual comandante do vapor, Manoel Mariano da Cunha, de 82 anos, coordena as atividades dentro do barco e nos conta que, para chamar os passageiros, Benjamim Guimarães apita às 9h – com uma duração de aproximadamente um minuto. Quinze minutos depois, vem a segunda chamada. O terceiro e último sinal é para a embarcação partir. O som do apito provoca as mais variadas emoções na sua gente indo desde a saudade dos tempos idos ao orgulho em ter na porta de casa esta belíssima embarcação.
Dentro da embarcação, três pisos: no primeiro encontra-se a casa de máquinas e caldeira. No segundo, estão instalados 14 camarotes e, no terceiro, um bar dançante. Uma viagem no tempo, proporcionado por Pirapora e na companhia de turistas de toda parte do país, além dos morados da cidade. Gente alegre, sorridente e solícita. Enquanto o majestoso vapor Benjamim Magalhães deslancha sobre as águas, a paisagem ao redor nos chama o olhar. O belo e o progresso, lado a lado e que não se misturam. Para quem quiser viajar pela história do velho Chico, consulte uma agência de viagens.(Jornalista Sérgio Moreira – Abrajet/MG)
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