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quinta-feira, 8 de maio de 2014

EXONERADO O PRESIDENTE DA BAHIATURSA

Diogo Medrado
Do jornalista Antônio Calábria, Editor da revista nacional “Rota Viva”, recebemos:
“O governador da Bahia, Jaques Wagner, exonerou nesta semana da presidência da Bahiatursa – a empresa de turismo do governo baiano, o empresário Fernando Ferrero, com larga experiência no setor do turismo. Ferrero tem no seu currículo, além da diretoria de assuntos internacionais da Bahiatursa nos últimos 6 anos, a presidência da Abrasel Bahia, a presidência do Salvador Convention Bureau e um trânsito altamente positivo entre os players do assunto em todos os níveis. 
Todo o trade baiano foi contra a atitude do governador  e demonstrou isso através de manifestos e declarações que não foram consideradas pelo governador.  No lugar de Ferrero, Wagner nomeou Diogo Medrado, jovem de 26 anos e com zero experiência no assunto, tendo porém em seu currículo, além do fato de ser estudante universitário, a vantagem de ser filho de um político local, diretor de um partido que exigiu a nomeação do rapaz em troca do apoio de seu partido à coligação montada por Jaques Wagner para as próximas eleições. Esse apoio acrescentará 1,5 minuto ao tempo do horário eleitoral gratuito da coligação. Muito pouco, a meu ver, para tão grave decisão. 
São medidas como essa que fazem o turismo brasileiro patinar no mercado mundial da atividade. Há 10 anos nosso país recebe de 5 a 6 milhões de estrangeiros por ano, enquanto, só para citar um exemplo, o México - diga-se Cancun, com atrativos inferiores aos da Bahia e de boa parte do Brasil recebe 25 milhões. E o Uruguai recebeu em 2012 cinco milhões. A Organização Mundial do Turismo indica que o turismo motiva anualmente um bilhão de viajantes e é responsável por 9% do PIB mundial e por 12% dos empregos. O Brasil não passa nem perto desses números, que afluem para onde o turismo é tratado como um dos mais importantes setores da economia e comandado por técnicos especializados e não por políticos em busca de votos. 
E enquanto os nossos governantes continuarem tratando o setor como objeto de barganha política a coisa vai continuar assim, indo de mal a pior”.

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