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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

CALEIDOSCÓPIO - LEMBRANÇAS, SAUDADE... / NÃO ACREDITAMOS

LEMBRANÇAS, SAUDADE...
Não somos chegados a remoer o passado. Quase às vésperas dos noventinha, continuamos enfrentando a vida com pensamentos positivos, feliz entre os filhos, netos, bisnetos e amigos, não mais feliz ainda por que falta a metade do nosso eu, a minha mulher Angelita, que o Grande Senhor do Universo nos roubou. Não há como fugir: nascemos, vivemos e morremos. Foi mais do que PHD quem “inventou” o Planeta Terra e nos trouxe para compor o cenário. Já pensaram que confusão se não fosse assim? Pois já na longa escalada, mesmo sem querer, um potencial sócio do clube dos “pé na cova”, doidamente não nos damos conta de que o tempo é implacável. Pensamos e vivemos como se jovem fossemos ainda. Não com as travessuras e o vigor de antanho, mas ainda como partícipes de tudo de bom que acontece. Assim, sem uma razão mais forte, nestes últimos dias de final de ano, temos voltado ao passado para remoer fatos desta longa estrada de vida. Como era gostoso, com  colegas do Liceu  do Ceará, cercar para ouvir as estórias do Quintino Cunha, na praça do Ferreira, num “café” na esquina, junto ao hoje Leão do Sul!. Ou nadar com o colega Cezinha, nas manhãs de sábado, quando fugíamos do restante das aulas do dia. E pensar que íamos a partir da Ponte Velha até os navios ancorados e voltavamos até o Paredão (Hoje Inace). Ou atormentar uma pobre mulher da rua e doente mental, a qual jogava pedra para nos atingir quando a chamávamos de Garapa. Pior ainda quando um de nós gritava “água” e o outro completava “açúcar”. A coitada então nos perseguia, repetindo, “Junta, filho da puta, junta”. Estas e outras lembranças são realmente saudade, palavra exclusiva do Português e do Provençal, pois nos leva a um passado de boas recordações. Depois desta recaída, volto à realidade com o  mesmo propósito, tão desgastado, de que “quem vive de passado é museu”. Hoje é tão bom como antigamente. Depende de como se olhar a realidade que está em nossa volta, sabendo tirar  partido. Assim,  aproveitamos da melhor maneira possível o que de bom nos é servido.
NÃO ACREDITAMOS
Noticiou-se que a Câmara Municipal de Fortaleza iria funcionar nos próximos tempos na conhecida Cidade da Criança (Parque da Liberdade), em pleno Centro Histórico de Fortaleza. A notícia é tão fora de propósito que não acreditamos na veracidade da informação. A casa legislativa de Fortaleza já funcionou em vários lugares, sempre procurando um local em que os vereadores tivessem, um adequado para trabalhar. Já esteve na Praça do Carmo, no “foyer”do Teatro José de Alencar, no início da rua Senador Pompeu e por aí vai. Seu último pouso foi, por alguns anos, na rua Antonele Bezerra, nas  proximidades da Praia de Iracema. No final da sua última administração, o prefeito Juraci Magalhães deixou para a Câmara uma nova sede, perfeitamente adequada, no bairro Guararapes, numa esquina da Avenida Rogaciano Leite. Lá está ela funcionando bem até hoje. Por que então novamente mudar-se para o centro da cidade, quando órgãos importantes, como o Tribunal de Justiça e o repartições públicas de lá migraram? Será que os doutos vereadores não gostam do local porque é um pouco longe dos pontos de movimento? Se a ideia do “gênio” que pensou na mudança prosperar e concretizar-se, certamente a cidade é que pagará. Não é segredo que Fortaleza é carente de locais qualificados para o lazer e bem estar da população e dos turistas. A solução tem sido a Avenida Beira Mar, a Praia do Futuro, talvez a Barra do Ceará e o que mais mesmo? A esperança era que a Cidade da Criança, hoje subutilizada, fosse mais um local de atração, após uma reforma adequada para a finalidade. Um bom cinema e teatro, estrutura para feiras e desfiles, enfim vida ativa era o que se aguarda para tão rico e bucólico local. Não acreditamos, francamente, que a  administração do prefeito Roberto Cláudio cometa a insensatez de permitir a mudança, nem tão pouco o eleito presidente  Câmara, Salmito Filho, ele que foi secretário de turismo. Se forem a favor, certamente estarão dando um tiro no pé. 

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