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quinta-feira, 25 de junho de 2015

ENGALANAR A “LOIRA DESPOSADA DO SOL”

ANTONIO JOSÉ
No dia 6 de julho vindoiro, faremos uma pausa, nas atividades de comunicação e ouvidoria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), para desfrutar, sem falsa modéstia, merecidas férias. Mas, neste artigo, desejamos mesmo é fazer uma declaração pública de xodó e amor a uma “Loira”, que o poeta Paula Ney, em anos idos, a denominou de “Desposada do Sol”, a nossa Fortaleza, capital do Ceará, e nosso berço-natal.
Trata-se de um amor enorme, misturado com paixão, por uma bela loira, um tanto despenteada e mal vestida. Afinal, ela sempre nos seduziu. Antes dela, somente outra linda loirinha, a nossa amada-amante, Ledinha, nossa esposa. Esta loura, minha gente,  a segunda de nossa vida, é a amada Fortaleza de N. S. da Assunção, a capital do Estado do Ceará, que, no ano de 1726, precisamente, no 13 de abril, foi elevada à categoria de Vila, data de sua fundação.
É, minha gente, com o passar dos anos, Fortaleza foi crescendo, crescendo, até se transformar nessa cidade grande, que, a cada dia, continua atraindo turistas e cativando seus habitantes. Verdade seja dita: tornou-se uma metrópole, porém é a cidade mais hospitaleira do Brasil, sem desmerecer as demais, cujo povo busca sempre o diálogo e a aproximação com pessoas de outras plagas. Frise-se ser o cearense  reconhecido, nacionalmente, como um povo hospitaleiro, descontraído e que adora receber visitantes, independentemente de raça, classe social, credo religioso, político e de que país for.
A cidade de Fortaleza começou a nascer, como povoado, em torno do Forte de “Schoonemborck, à margem do riacho Pajeú, forte esse construído pelos holandeses durante a invasão comandada por Matias Beck. De forte, teria evoluído para uma fortaleza, de onde surgiu a denominação de Fortaleza de N. S. da Assunção, vila caracteristicamente portuguesa, administrada pelo Capitão-Mor Manuel Francês.
Mas, expliquemos, aqui, que a primeira tentativa de colonização do Ceará ocorreu, em 1603, por Pero Coelho de Sousa. Já, em 1607, chegaram ao Ceará dois jesuítas, os padres Francisco Pinto e Luís Figueira, em missão religiosa. Reza a História sobre o Ceará que, após alguns anos, em 1637, os holandeses invadiram o povoado da Barra do Ceará, dominando o forte de São Sebastião, permanecendo até 1664, quando foram massacrados pelos índios.
Agora, deixemos de lado o nascimento da “Loira Desposada do Sol” e falemos de sua juventude, embora tenha completado, 289 anos de fundação no dia 13 de abril de 2015. Atualmente, Fortaleza continua bastante visitada, porém sua vestimenta (infraestrutura física), em algumas partes, encontra-se esfarrapada, suja, o que denigre a sua imagem de cidade-mulher sedutora e de um “Tchan” fora de série, irresistível mesmo.
Com quase três milhões de habitantes, a migração de parte da população sertaneja, para a capital, provocou um “inchamento” da metrópole, proliferando as favelas e, devido à falta de saneamento básico, na periferia, a “loira” está despenteada, maltrapilha e causando dó a quem a conhece, ao visitar os bairros do centro e os distantes. E a violência? Ah! Essa abunda em todas as capitais do país alegam alguns gestores públicos. Triste mesmo, minha gente, querer justificar o que a bandidagem pratica em nossa capital e no interior do Estado.  Nesse caso, negar  é querer jogar o lixo pra debaixo do tapete, como se diz vulgarmente.
Por questão de justiça, deve-se proclamar que as Polícias Civil e Militar trabalham, para combatê-la, todavia assaltos e mais assaltos são praticados a qualquer hora do dia. Não podemos mentir para os turistas e dizer-lhes que não existe  isso, em Fortaleza, e que é conversa mole da imprensa. Lembramos a esses que Jornalismo não foi criado somente para adocicar a realidade.
Não podemos dizer, na atualidade, que Fortaleza está bela. Avenidas, ruas, praças, calçadões, monumentos, todos com avarias e com muita sujeira. Parte da população tem culpa dessa desagradável situação, pois colabora para a imundície nos locais públicos. Agora, botar culpas, somente nas chuvas deste ano, (fracas), que causaram enormes danos à cidade,  é inadmissível.
Sabemos que a Prefeitura Municipal de Fortaleza preocupa-se com os problemas da cidade, todavia precisa cuidar melhor de suas praças, ruas, avenidas, monumentos e outros logradouro públicos. Por exemplo, a camada asfáltica, em diversos trechos, é uma buraqueira, inclusive nos corredores turísticos, onde é dada maior atenção. Vamos, pois, consertar o que possa prejudicar a imagem turística dessa “Loira” , para que os turistas retornem outras vezes. Eis o nosso recado! Até o retorno das férias. 
                                  Antônio José de Oliveira
                              Vice-presidente da Abrajet-Ceará

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