Antonio José Oliveira |
Em nossos comentários, no jornal Rota do Sol Turismo, sempre escrevemos que o Brasil e o Estado do Ceará, em matéria de Turismo, continuam abaixo de seus potenciais turísticos. Foi o que constatamos, ao ler, no O POVO, de domingo último, reportagem sobre o assunto em pauta. O Turismo, denominado de Eventos e Negócios, precisa, urgentemente, de divulgação, aqui e alhures, pois, com a construção do Centro de Eventos do Ceará (CEC), passou a ter condições de realizar eventos, de várias modalidades e temáticas, considerando-se a sua infraestrutura física, de grandes proporções, o segundo maior do Brasil.
Ficamos admirado com as declarações da presidente da Câmara Setorial de Eventos, Circe Jane Teles da Ponte, que apontou falhas, no CEC, embora tenha informado ao ex-secretário estadual do Turismo, Bismarck Maia, o que faltava, para dotá-lo de melhor funcionalidade. Como exemplo, citou que o CEC não está adequado, para receber feiras de máquinas, visto não existir cabeamento. Lembrou que o secretário Ariado Pinho, titular da Setur, tomou conhecimento dos senões, naquele equipamento, e tomará as providências, para corrigi-los.
A presidente do CEC disse ter iniciado o processo de licitação para o setor de limpeza, estacionamento e segurança. Outra falha do projeto arquitetônico ou de Engenharia (não somos “expert”) é no tocante à inexistência de grande auditório. Sua falta leva os promotores de grandes eventos a instalar um palco, colocar divisórias, o que onera a promoção.
O que nos chama à atenção é a pintura, em tonalidade marrom, da fachada do CEC, seria mais linda com cores vivas e não da cor das batinas dos franciscanos. Se fosse lá, em Canindé, onde se encontra a Basílica de São Francisco, tudo bem, mas em Fortaleza, às margens de uma movimentadíssima avenida, torna-se uma pintura de mau gosto. No Turismo, prédios, praças, publicações impressas, cartazes, outdoor, dentre outras, precisam de cores vivas e não mortas, como a fachada do CEC.
Como o espaço é pequeno, registramos dados, sobre a realização de eventos, no Ceará e no Brasil, baseando-nos no que informou a dirigente do CEC. Vamos lá: este opera com 60% de sua capacidade total; o Ceará ocupa o 7º lugar, no mundo, na captação de grandes eventos internacionais, conforme a ICCA (órgão internacional que mensura a captação de eventos internacionais). Há um dado interessante, que registra, caso sua agenda esteja cheia, representa a participação de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado.
Bem! Ante o exposto, para chegar-se aos 100% de ocupação, conclui-se que, além de banir-se as insuficiências físicas do CEC, tem-se de divulgar, Brasil afora e no exterior, esse equipamento. Agora, importante ressaltar que o Ceará e o Brasil, como disse o titular da Gestour, empresário Vadis Silva, em recente palestra, no hotel Diogo, para o trade turístico e imprensa especializada, que o Ceará e o Brasil precisam estar em rede e na rede (Internet), para aumentar sua participação, no PIB, ainda insignificante.
Antonio José de Oliveira
Vice-presidente da Abrajet-Ceará
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