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sexta-feira, 31 de julho de 2015

“LAUDATO SI”: LEITURA OBRIGATÓRIA PARA TODOS

Antonio José de Oliveira
Nestas nossas férias, recebemos, expressivo presente, não pelo preço e, sim, pelo conteúdo. Trata-se da Carta Encíclica do Sumo Pontífice Francisco, o Papa que está renovando a Igreja Católica, Apostólica e Romana, pela competência, simplicidade e humildade, ao lidar com as pessoas, independentemente, de serem católicas ou professar outras religiões, até mesmo as que negam a existência de Deus. Supracitado documento, intitulado “Laudato Si” (Louvado sejas), foi-me enviado pelo primo-cunhado, Eng.º Agrº João Aurélio Soares Viana, residente, há quase 40 anos, em Salvador-BA, trabalhando na Empresa Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural e Professor/Doutor na Universidade Federal da Bahia, no Curso de Veterinária.
Na dedicatória, lembra-nos ser a retrocitada encíclica, considerada o XI mandamento das Leis Divinas. No seu sumário, destacam-se opiniões de Sua Santidade, no tocante a assuntos, de interesse universal, como: O que está acontecendo em nossa casa; O Evangelho da criação; A raiz humana da crise ecológica; Uma ecologia integral; Algumas linhas de orientação e ação; e Educação e espiritualidade ecológicas.
Nos seis capítulos, há considerações bem fundamentadas: poluição e mudanças climáticas; clima como bem comum; a questão da água; perda da biodiversidade; deterioração da qualidade de vida humana e degradação social; desigualdade planetária; a fraqueza das reações; e a diversidade de opiniões. Tudo isso, mencionado na capítulo I. Pelos tópicos, acima citados, percebe-se a preocupação do Papa Francisco e da Igreja Católica, com as mazelas de um mundo, conturbado para seus habitantes, bastando citar as guerras, entre países, a violência nos lares e nas ruas, nos grandes centros urbanos e rurais, a fome, que mata milhões de miseráveis, a corrupção desenfreada nos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal, afora outras mazelas de cunho econômico, político, social, religioso e cultural.
É interessante registrar, textualmente, uma frase, na encíclica, que nos chamou atenção: “Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra cf. Gn 2,7) e que nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos”. Agora, o grifo é nosso: muitas pessoas vivem no mundo e para o mundo, porém não se preocupam com o bem-estar geral dos que passam uma temporada, na Terra, pois, como está escrito na Bíblia, o homem é pó em pó reverterá à terra. É bom atentar para o seguinte: a morte é a única certeza desta vida na Terra. Um dia, partiremos para uma viagem sem volta e nosso legado aos familiares e à humanidade será o que fizermos de construtivo para um mundo mais humano, justo e pacífico, no qual todos tenham voz e vez, respeitando-se, é evidente,  as particularidades e as individualidades dos humanos.
Concluindo esse artigo, transcrevemos parte da fala, de Sua Santidade, o Papa Francisco, quando de recente encontro com alguns prefeitos, divulgada pela mídia, pois lembrou ser nas cidades que se desenvolvem os fenômenos da imigração e da pobreza, muitas vezes incentivados por uma migração causada pela desertificação do planeta e do aquecimento global. O santo padre citou também a encíclica “Laudato Si (Louvado Sejas) - Sobre o cuidado da casa comum, apresentada no dia 18 de junho, voltada para os problemas do planeta. Ressaltou que o documento é muito mais social do que apenas “verde”, porque os humanos “não podem ser excluídos da cura do ambiente”. Em outro artigo, abordaremos outros conteúdos da “ Laudato Si”, encíclica que merece ser lida e discutida por todos.
Antonio José de Oliveira
Vice-presidente da Abrajet-Ceará

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