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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

FEIRA DE SÃO CRISTÓVÃO - 70 ANOS DE TRADIÇÃO NORDESTINA NO RIO DE JANEIRO

A Feira de São Cristóvão é a opção carioca e de turistas que vão ao Rio de Janeiro para comprar, comer e se divertir, pois oferece artesanato, comida, bebida, folclore e muita música. O Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas está localizado no Bairro de São Cristóvão, de fácil acesso, com estacionamento para 800 veículos. O reduto funciona como um ímã para mais de trezentas mil pessoas todo mês.
A Feira sintetiza o Nordeste, um retrato ampliado da Região,  oferecendo aos visitantes  tudo de que dispõe em matéria de produtos regionais e artesanato, destacando-se a culinária tradicional. Nas suas quase setecentas barracas, vive-se o melhor da sua tradição, caracterizada pela contagiante  animação: som do Nordeste, recitação de folhetos de cordéis e histórias orais,  forró, xote, baião, xaxado, repente, embolada, martelo, arrasta-pé, maracatu e outros sons bem genuínos. Qual o nordestino residente no Rio que não vai ao Centro Municipal Luiz Gonzaga comprar o feijão-de-corda, a carne de sol, o queijo de  coalho, a manteiga de garrafa e recordar o passado? É muito difícil. 
COMO SURGIU -  Data de 1945 o início dos primeiros movimentos que deram origem à Feira de São Cristóvão, ou Feira dos Nordestinos, como é conhecida no Estado do Rio. Nesta época, milhares de nordestinos chagaram ao Campo de São Cristóvão em caminhões, vindos para trabalhar na construção civil. O encontro dos recém-chegados com parentes e conterrâneos era motivo de animadas festas,  regadas a muita música e comida típica. Aí origem da Feira, que  permaneceu ao redor do Campo de São Cristóvão por 58 anos. Ressalte-se que também os pracinhas os desembarcaram nas imediações do Campo de São Cristóvão  contribuíram também se consolidasse o grande espaço do Nordeste.  
Em 2003, o antigo pavilhão foi reformado pela Prefeitura do Rio e transformado no Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas. Hoje, não só nordestinos frequentam a Feira para matar saudades e resgatar um pouco de sua cultura, como também cariocas e turistas de todo o país.  
A vida cultural da Feira de São Cristóvão é bastante intensa. À partir das 10h das sexta-feiras e  até as 22h de domingo ela lateja sem interrupção. Os sete núcleos culturais, Palcos João do Vale e Jackson do Pandeiro, além de dispor de seus artistas nativos, apresentam atrações especiais pelo menos uma vez ao mês.
As praças Padre Cícero, Frei Damião, Mestre Vitalino e Câmara Cascudo têm na sua essência o forró tradicional do Nordeste; a praça Catolé do Rocha  mostra a arte ímpar dos repentistas e a literatura única dos Cordéis. Cada um desses núcleos aviva e expressa a diversidade das artes do Nordeste, e seus artistas cuidam de representá-las com as ações mais características do povo do sertão.
O Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, sem dúvida,  é a opção para comprar, comer e se divertir desde a década de 40. 

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