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sexta-feira, 6 de maio de 2016

O CEARENSE ROSIER, NA SUBIDA DO EVEREST: “PRECISO ME RECUPERAR, POIS ESTOU LITERALMENTE ACABADO”

O montanhista cearense Rosier Alexandre, que completa um mês de expedição rumo ao topo do Monte Everest, no seu Projeto Sete Cumes, ainda enfrenta condições climáticas desafiadoras na face Norte da Montanha (Tibete). No último contato feito com a família no domingo, dia 1º de maio, o montanhista relatou que, apesar do clima desfavorável, a expedição está ocorrendo muito bem. Confira o relato de Rosier na íntegra:
“Neste momento, estou no ABC (Campo Base Avançado), na face Norte do Everest. Estou, aqui, no ABC, desde o dia 23 de abril. A aclimatação está ocorrendo muito bem, o clima é que não está favorável, por enquanto. Tem muito vento, muito vento mesmo. Está muito frio aqui. No último dia, eu subi e dormi a 7.070 metros. Dormi maravilhosamente bem, apesar do frio e apesar do vento. Minha aclimatação está ótima, pois a ida pra Bolívia, que aclimatou meu corpo para subir o Everest, valeu muito a pena. Todas as pessoas aqui, que estiveram em algum lugar do mundo para uma preparação especial em uma montanha acima de 6.000 metros, realmente ganharam muito em aclimatação. O clima continua terrível, inclusive, ainda não colocaram as cordas acima do Col Norte (7.070m). Isso deve ocorrer em três ou quatro dias, pois a previsão é que o clima abra. Eu já estou descendo para algum povoado abaixo do campo base, para descansar. Tudo está ocorrendo maravilhosamente bem, sem nenhum problema de aclimatação, mas eu realmente preciso me recuperar, pois estou literalmente acabado. Os gastos orgânicos acima de 6.000m são muito grandes. E com uma noite acima de 7.000m, então, nem se fala. Mas, tudo ocorrendo bem. Devo ficar uns 10 dias abaixo, e retornar para cá. Há um 'zumzumzum' dizendo que, a partir do dia 14, vai entrar uma janela de tempo muito boa aqui do lado do Tibete. Eu espero que isso aconteça, pois já estou pronto para aproveitar esta oportunidade. Agora, é só descansar mesmo e fazer minha corridinha, tentar subir algum morro ou montanha mais baixa, em algum lugar onde eu possa acumular oxigênio para recuperar os gastos orgânicos, porque, aqui em cima, realmente, o corpo vai embora rápido, a musculatura vai embora rápido, a força realmente acaba. Mas, tudo ocorrendo dentro do planejado. Logo que possível, voltarei a dar notícias! Um grande abraço, e até breve”.
Rosier Alexandre deve atacar o cume do Everest entre os dias 14 e 20 de maio

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