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sexta-feira, 15 de julho de 2016

CALEIDOSCÓPIO - ACINTE AO ELEITOR

ACINTE AO ELEITOR
Noticiou-se que, ao deixar a presidência da Câmara Federal, o indigitado deputado Eduardo Cunha perdera o privilégio de morar na residência oficial e alguns outros direitos. Assim mesmo, enquanto for deputado, terá o salário integral de R$ 33.763 e mais subsídio de R$ 35.388,11 para gastos com alimentação, aluguel de veículo, aluguel de escritório e divulgação do mandato. Querem mais, Cunha, que parece ter uma varinha de condão, pois manobra os deputados do chamado Centrão como quer, ganha ainda R$ 92 mil para a equipe do seu gabinete parlamentar, assistência saúde e o direito a um apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 4.253, um gasto mensal de cerca de R$ 165,4 mil. Pois é, gente, todo este dinheirão ganham todos os deputados, à exceção, claro, da verba destinada a quem for presidente da Casa. Ainda há, CIF, passagens aéreas para os verdadeiros “tours” de visitas às bases. Isto quer dizer quem pagamos para eles visitarem parentes e aderentes e fazerem propaganda para suas futuras eleições.  Podia-se continuar com o ainda mais. Nas somas, acrescente-se que grande parte dos “representantes do povo” ainda faz gordo extra nos chamados Mensalão, Lavajatos e outros “serviços”... A não ser os interessados, que têm na ponta da língua justificativas para tantas benesses, quem é dos pobres mortais, dos eleitores, que conta mensalmente com esta grana? A grande faixa dos trabalhadores brasileiros tem vencimentos mensais que vão do salário mínimo de R$ 880,00, a pouco mais de 5 mil reais. Os funcionários públicos federais, estaduais e municipais não podem perceber mais que os vencimentos de R$ 33 mil, sem as mordomias, do Presidente da República. Médicos, professores, cientistas e tanta gente que estudou, é competente e trabalha mesmo, perde sono para ver o bem estar dos brasileiros, não é recompensado como deve. Apela-se para as greves para melhorar salário, condições de trabalho. O desencontro é geral. Nesse momento, em que o País está passando a pior crise da sua história, proclama-se medidas muitas das quais perversas para reencontrar o caminho saudável da recuperação. Entre os ajustes, cortes de gastos da máquina oficial e medidas relativas à vida econômica e financeira. Mas toda esta engenharia recai sobretudo no sacrifício do povo.  Se o momento é de recuperação, por que não se fala em cortar também mordomias e salários altos nos Três Poderes? Qual nada, os aposentados e a Previdência, os empreendedores que paguem o pato. Comer feijão, só em dias de festa. O pior é que não adianta espernear. A resposta, talvez estivesse no voto consciente. Mas os profissionais candidatos conhecem a fraqueza de imensa maioria dos eleitores que se encantam com o canto da sereia e vota pelas trinta moedas.

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