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terça-feira, 23 de agosto de 2016

A LUCIDEZ DO EMPREENDEDOR

No atendimento a ROTA DO SOL, no sentido de participar de suas edições com uma ou outra colaboração, inclinei-me em, como motivação temática, buscar alguns excepcionais exemplos de visão lúcida e criativa.
Hoje, permito-me enfocar a trajetória de outro "monstro sagrado" do turismo brasileiro, que capitaneia um fluxo tão expressivo quanto generoso de conquistas. A figura está concentrada em alguma coisa a mais de um metro de competência, idealismo e coragem: GUILHERME PAULUS.
Desde cedo, descortinou por inserir no seu currículo a opção pelo turismo. E o fez quando se revelou um profissional consistente em inúmeras investidas, dentre as quais a “Casa Faro, Câmbio e Viagens”.
Em 1972, deu a largada para a sua enriquecedora aventura, aliando-se ao Deputado Carlos Vicente Cerchiari (cujas iniciais geraram a, hoje, gigante CVC) numa sociedade, na qual participou com 33% do capital, pago com o seu labor consequente. Destinada a atuar como vendedora de viagens, a CVC, em 1976 transferiu-se globalmente para Guilherme, em virtude da saída do seu antigo sócio. Aliando-se a sua esposa, Luiza, deu a largada para a inserção dos passeios de ônibus no cartel das atividades da agência. De começo, um dia era suficiente para configurar a excursão. Depois dois e por aí seguiu a ascensão da CVC.
O casal, observador estudioso do produto, percebeu que grande potencial se encontrava na classe "C", por consequência do que passou a investir em passeios e viagens para os empregados de tantas empresas, em razão do que os seus pacotes foram ofertados as diretorias de RH de fábricas de automóveis, sindicatos, etc.
Permito-me rememorar um episódio vivido por mim e minha amada e inesquecível TEREZA. Estávamos a jantar no restaurante italiano do LAJE DE PEDRA, Canela/RS, na companhia da, também, TEREZA, esta DRUCK BASTIDE, então Diretora daquela belíssima unidade da hotelaria brasileira. Quando adentrou um jovem ao qual a Diretora recepcionou e passou a desenvolver negócios ao largo. Ali, aconteceu o embrião do programa que deu um empucho definitivo e vitorioso na vida da CVC: Serra Gaúcha, resultante da lucidez de Guilherme.
Aquela iniciativa carregou-se de tamanho sucesso  que inspirou a investida, não menos consolidada, rumo a hotelaria, cujo inicio consubstanciou-se na aquisição do Hotel Serrano em Gramado. Nascia, então, outra gigante da estrutura do turismo nacional: a GJP Hotéis, em cujo conglomerado está inserido o SHERETON DA BAHIA (tradicional Hotel da Bahia, hoje patrimônio histórico de Salvador). Ousadia e coragem conduziram os ônibus da CVC a desviar-se para o Nordeste, depois de conquistar sul e sudeste. Cada vez mais distantes suas rotas. Até alcançar a Bahia que coincidiu com o início das excursões aéreas, iniciativa que tornou aquele Esado no seu principal produto. Naquele contexto, Porto Seguro, individualmente, revelou-se imbativel, muito distante de outro que atinja um segundo e honroro lugar em vendas.
Evidente que contou sempre com a parceria do Governo do Estado, sobretudo na divulgação de suas iniciativas, tanto quanto por criar as condições de infraestrutura nos diversos destinos baianos, vocacionados para o turismo. Insere-se nesse plano, a construção, no Brasil, do primeiro aeroporto estadual. O aguçado faro de Guilherme levava a CVC a conquistas sucessivas.
Ação espantosa foi a aquisição, em 1989, de 100 mil bilhetes junto a, a época, VASP, o que, sem dúvidas, atordoou o mercado diante de tal ousadia. A CVC, então, conquistava definitivamente o país com suas excursões. Mas o apetite não acomodava. Vieram as lojas próprias e franqueadas, hoje mais de 1.000 pulverizadas pelas 5 regiões nacionais. Para não avaliar a importância das cerca de mais de 6.000 agências de viagens no país que se tornaram, também, pontos de venda.
Não esteve distante da visão de Guilherme alçar vôo além fronteiras. Com a conquista do mercado internacional, a CVC consolidou-se definitivamente como a maior operadora do país. Sua ousadia alçava ainda mais a sua atuação, surpreendendo tanto mais ao fretar navios para o turismo na costa brasileira, deixando de ser apenas uma simples vendedora de excursões marítimas.
Sócio da CVC, GUILHERME PAULUS hoje tem na sua GJP a propriedade de 5 hoteis, so em Gramado, constituindo-se na maior cadeia de resorts do Brasil, iniciada, evidente, com o Serrano. Seu ambicioso e pertinaz idealismo agregou ao Serrano o Wish, o Prodegy e o Linx, além do Sheraton Bahia, emblemático ícone da hotelaria brasileira. A verdade é que, hoje, são 18 Hotéis pelos quatro cantos nacionais a afirmar o triunfo da garra e da competência.
Jornalista Carlos Casaes – Da Abrajet/BA

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